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Após declaração da lei marcial na Coreia do Sul, partidos da oposição pedem destituição do Presidente

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O Parlamento sul-coreano frustrou a tentativa do Presidente Yoon Suk Yeol de manter a lei marcial no país, imposta ontem durante algumas horas, após uma votação a favor da revogação da medida por 190 dos 300 legisladores. “O Presidente deve levantar imediatamente a lei marcial de emergência após a votação na Assembleia Nacional. Agora, a declaração de emergência da lei marcial é inválida”, disse Woo Won-sik, presidente da Assembleia Nacional, após a votação. Acentuou que as pessoas devem estar tranquilas e que a Assembleia Nacional defenderá a democracia.

Perante a votação, o Presidente sul-coreano disse ter aceite a exigência da Assembleia Nacional e revelou que já tinha dado ordens para os militares regressarem aos quartéis. O levantamento desse estado de exceção foi confirmado mais tarde pelo gabinete do Primeiro-ministro, citado pela agência de notícias Yonhap.

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Antes, ao anunciar aos cidadãos a imposição da lei marcial, o Presidente sul-coreano justificou a medida com o objetivo de travar “as desavergonhadas” forças anti-estatais pró Coreia do Norte, que, frisou, “saqueiam” a liberdade e a felicidade do povo. 

“Declaro a lei marcial para proteger a República da Coreia livre da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-estatais pró-norte-coreanas que estão a bloquear a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a liberdade constitucional“, chegou a justificar Yoon Suk Yeol. Após esta comunicação ao país, os deputados entraram em confronto com as autoridades fora do edifício da Assembleia Nacional, em Seul.

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Entretanto, seis partidos da oposição, incluindo o Partido Democrático, prepararam de emergência uma moção de destituição do Chefe de Estado, que, conforme a imprensa internacional, pode ser votada já na sexta-feira.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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