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Agressão a angolana na Amadora: SOS Racismo pede que se acabe “com a impunidade da violência policial racista”

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O SOS Racismo reagiu hoje ao caso da agressão em Amadora da angolana Cláudia Simões, que acusa um agente da PSP de a ter detido e espancado em frente à filha de 8 anos, após um desentendimento com um motorista de um autocarro. “A vítima ficou em estado grave, resultado das agressões que sofreu na paragem de autocarros e dentro da viatura da PSP em direção à Esquadra do Casal de São Brás”, lê-se no comunicado enviado às redações.

O SOS Racismo lembra as “agressões policiais no Bairro da Jamaica”, que aconteceram há um ano, para denunciar situação que envolveu um agente da Polícia de Segurança Pública e a cidadã Cláudia Simões. Segundo o comunicado, a organização conta que a mulher relatou que, enquanto era agredida, o agente não “parou de proferir insultos racistas contra ela”. De referir ainda que a vítima afirma que as agressões aconteceram em frente à filha de oito anos.

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O SOS Racismo alega que, independentemente das circunstâncias que levaram à intervenção da PSP, a cidadã tem o “direito à integridade física e à dignidade”. Assim, a ONG promete que “tudo fará para que o caso seja conduzido até as últimas consequências para que se faça justiça e se acabe com a impunidade da violência policial racista”. “É inconcebível que a vítima seja constituída arguida e presente sine die a tribunal, enquanto nada acontece ao seu agressor”, pode ler-se.

PSP nega acusação e diz que agente foi agredido 

A direcção da PSP afirma que a mulher empurrou várias vezes o polícia, que foi ainda ponteado e empurrado por outras pessoas que estavam no autocarro. Cláudia Simões, que ainda estava internada no Hospital Amadora-Sintra, regressava, conta uma amiga nas redes sociais, à casa em Falagueira com a filha quando já dentro do veículo deram conta que a menor esqueceu o passe de transporte.

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O motorista terá então chamado um agente da PSP que estava em patrulha naquela rua, uma vez que a mulher se recusava alegadamente a “proceder ao pagamento da utilização do transporte da sua filha, e também pelo facto de o ter ameaçado e injuriado”. “A cidadã, de imediato e sem que nada o fizesse prever, mostrou-se agressiva perante a iniciativa do polícia em tentar dialogar, tendo por diversas vezes empurrado o agente com violência, motivo pelo qual lhe foi dada voz de detenção. A partir desse momento, outros cidadãos que se encontravam no interior do transporte público tentaram impedir a ação policial, nomeadamente pontapeando e empurrando o polícia”, descreve a PSP. Esta instituição acrescenta que o agente, que estava sozinho, procedeu á algemagem da angolana, utilizando a força “estritamente necessária” para o efeito, face a resistência da mulher.

No entanto, em vídeos publicados nas redes sociais vê-se o agente em cima da angolana pegando-a inclusivamente pelo cabelo, enquanto estaria a tentar controlar a mulher. Em entrevista ao canal TVI, Cláudia Simões refere que estava sendo sufocada e que, depois de presa, foi metida num carro com o agente em causa, que aproveitou para a agredir com socos desferidos fundamentalmente no rosto. Esta admite que mordeu a mão do agente para se tentar libertar porque estava a ser sufocada. As imagens mostram que ficou completamente desfigurada.

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Fonte:CM e TVI

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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2 Comentários

  1. seja o q tenha contado o policia , ele não tem rascunho e ela esta com cara desfigurada por golpes ,será q quem defendia a sra deu soco nela !!! q vergonha um homem derrubar uma mulher na chão so por causa fútil!! forca excessiva injustificada isto e’ mais q racismo .

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