A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu cancelar os desfiles do carnaval do grupo especial do Rio do próximo ano. A decisão ocorreu de forma unânime, após uma reunião na sede da liga, no Centro. Os blocos de rua decidiram seguir a determinação da Liesa e também anunciaram o adiamento.
Ainda não há data para o desfile – as escolas só definiram que não acontecerá em fevereiro. Segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, qualquer avaliação de nova data depende da marcação de uma campanha de vacinação. Questionado se o desfile poderia ser em junho, porém, ele disse que é uma possibilidade.
“Em função de toda essa insegurança, essa instabilidade em relação a área da ciência, de não saber se lá em fevereiro vamos ter ou não a vacina, chegamos à conclusão que esse processo tem que ser adiado. Não temos como fazer em fevereiro – as escolas já não vão ter tempo nem condições financeiras e de organização de viabilizar até fevereiro”, diz Castanheira.
“Estamos em permanente reunião aqui. Discutimos hoje não o cancelamento, mas uma possibilidade de um adiamento, uma solução alternativo, algo que venha num momento com segurança contribuir para a cidade do Rio de Janeiro”, acrescentou.
“Vamos continuar lutando, buscando alternativas para encontrarmos um projeto nosso que permita que as escolas de samba possam fazer algum processo alternativo aos desfiles que acontecem em fevereiro para também não prejudicar o carnaval de 2022. Então, vamos tentar encontrar no próximo momento, nos próximos meses, alguma solução que seja em outra data. A prioridade é respeitar a questão da segurança”, disse ainda o presidente da Liesa.
Certo é que depois de a Liga das Escolas de Samba ter anunciado o adiamento dos desfiles devido à pandemia, a Associação dos Blocos de Rua acaba de fazer o mesmo. “Diante do momento que estamos a viver, fazer Carnaval, seja Carnaval de escola de samba, seja Carnaval de blocos, enfim, qualquer Carnaval em que a gente tenha grande aglomeração de pessoas sem o anúncio de uma vacina, sem segurança para a vida dessas pessoas, eu acho que não dá para fazer, de jeito nenhum”, informou a presidente, Rita Fernandes. Uma nova data só será decidida em 2021, depois da aprovação de uma vacina contra a Covid-19 e da vacinação em massa da população.
C/Globo e outras agências