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Preparados e conservas de peixes representam 80% das exportações de Cabo Verde

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Os dados provisórios do Comércio externo relativos ao mês de julho indicam um acréscimo das exportações de 36,0%, em comparação com o mesmo mês de 2022, com os preparados e conservas de peixes a representar 80% do total. As importações aumentaram 24,3%, enquanto que as reexportações diminuíram 27,1%. O deficit da balança comercial aumento 23,6%. 

Em comunicado, o Instituto Nacional de Estatística informa que, em julho deste ano, as exportações de Cabo Verde totalizaram 490 mil contos, correspondendo a um aumento de 129 mil contos (36,0%), face ao mês homólogo. Diz ainda que a Europa continua sendo o principal cliente do arquipélago, absorvendo cerca de 95,4% do total das exportações cabo-verdianas.

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A Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 64,8%. Itália ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações (17,5%). Portugal, no terceiro lugar, registou um decréscimo de 7,1 p.p. (19,5 para 12,5%)e os Estados Unidos da América estão na quarta posição, com (3,1%)”, indica, realçando que os preparados e conservas de peixes lideram com 80% das exportações, seguidos por vestuários (6,0%), e os calçados com (5,5%).

A nível das importações, o continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 71,5% do total, seguido da Ásia/Oceânia (16,0%), da América (8,4%), do resto do Mundo (2,2%) e da África (1,8%). “Portugal lidera entre os fornecedores, com 40,7% (10,6p.p. inferior em relação ao mesmo mês do ano anterior), seguido de Espanha, Brasil e China, com respetivamente, (8,5%), (6,7%) e (6,6%) do total das importações”, detalha.

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Os dez principais produtos importados, afirma, atingiram 56,3% do total das importações, contra 55,0% alcançados por esses mesmos produtos no mês homólogo. Os mais importados foram reatores e caldeiras (8,5%), veículos automóveis (7,5%), cimentos (4,2%), e leite e lacticínios (3,7%).

As importações por grandes categorias de bens mostram que, em julho último, todas as categorias de bens evoluíram positivamente em relação ao mesmo mês de 2022: bens de capital (77,0%), bens de consumo (21,0%), combustíveis (20,3%) e bens intermédios (18,3%). Destes, os bens de consumo continuam a ser a principal categoria de importados, com 45,9%, seguido dos bens intermédios (30,8%), combustíveis (12,5%) e bens de capital, com (10,8%) do total das importações.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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