Figurantes dos grupos carnavalescos do Mindelo e uma bateria vão dar este ano um outro colorido à performance de música e dança “Kavala Mob”, que abre a 11. edição do Kavala Fresk Feastival no dia 15 de julho pelas 10 horas, na Rua da Praia d’Bote. Segundo São Delgado, a música Oli kavala fresk será acompanhada ao ritmo da batucada e está ciente de que esse pormenor irá cativar mais pessoas.
“Como diz o próprio nome do kavala mob, queremos mobilizar muita gente. Os grupos do Carnaval vão integrar essa actividade e esperamos dar um brilho mais intenso a esse momento, que marca o arranque do nosso festival”, frisa a porta-voz da empresa Mariventos, acentuando que serão 16 horas seguidas de actividades de carácter gastronómico, cultural e desportiva.
Este ano, o desfile do Kavala Mob parte da Rua d’Praia e termina junto a Gare Marítima da Enapor, ao longo da Avenida Marginal. Esta trajectória corresponde ao espaço que a organização quer abranger no contorno da Baía do Porto Grande, regressando deste modo ao modelo original depois de constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19. Este aspecto foi, aliás, enaltecido esta tarde numa conferência de imprensa que visou actualizar as informações sobre este já emblemático festival gastronómico mindelense, que explora as potencialidades da cavala.
Conforme o programa, dado o pontapé de saída com Kavala Mob, seguem a exposição artística Kavala em Art no Centro Cultural do Mindelo, Kavala Náutica, com provas de natação e corrida de bote na chamada Praia d’Catxorre pela primeira vez na história do evento, Kavala na Ceste¸ no campo de basquete 3×3 no parque infantil. Ainda no período da manhã acontece o Petit Kavala, um workshop de culinária destinado às crianças e ministrado com o apoio da Escola de Hotelaria e Turismo e chefes locais – e que é também uma homenagem a Cesária Évora -, o Espaço Lab na praça Nhô Roque, que consiste em rodas de conversa sobre a sustentabilidade do ecossistema marinho, coordenadas pela FAO. Por volta das 10 e meia abre a montra de comida nos restaurantes com Kavala na prote e Kavala na brasa, o serviço do pequeno almoço para quem quiser apreciar os diversos tipos de pratos confecionados com esse peixe.
Para a tarde e a noite estão reservados o Grand Kavala, workshop destinado aos adultos que queiram aprender novas formas de preparo da cavala, música intimista com Kavala na mei d’mar, Karnavala, evento dedicado ao Carnaval d’Soncent e actuação artística na Praça Don Luiz. Outras actividades ainda estão agendadas e, segundo São Delgado, serão divulgadas mais tarde. No total será uma maratona de dezasseis horas seguidas de eventos, a partir das 10 da manhã. A organização espera uma boa disponibilidade de cavala e que não haja açambarcamento do pescado para poder ser servido em todos os pontos para toda a gente.
A importância do festival Kavala Fresk no panorama sociocultural de S. Vicente foi enaltecido pelo autarca Augusto Neves, que esteve presente na conferência de imprensa para comprovar o apoio da CMSV a essa iniciativa da Mariventos. Segundo Neves, os mindelenses já provaram ser um povo de lutadores e que consegue fazer muita coisa interessante quando se junta. Frisa, no entanto, que é preciso saber mobilizar parceiros ou as coisas não acontecem com a qualidade almejada. “E esperamos haver muitos parceiros para termos um Kavala Fresk mais rico em termos gastronómicos e a nível cultural”, salienta o edil.
Neves voltou a salientar que a riqueza da ilha de S. Vicente é a cultura. E, para ele, é fundamental as pessoas entenderem esta mensagem. O presidente da CMSV salienta que os eventos culturais realizados em S. Vicente têm um impacto financeiro directo nas famílias e em vários profissionais, pelo que deixou clara a intenção da Câmara em apoiar iniciativas culturais.
No tocante ao KFF, enfatizou que a edilidade vai continuar a dar “toda a força” à Mariventos pelo excelente trabalho desenvolvido com a organização do festival gastronómico. Uma iniciativa que, diz, veio valorizar ainda mais a emblemática Baía do Porto Grande do Mindelo.