É na crise que está a oportunidade, costuma-se dizer. Helaine Costa prova que esta máxima tem o seu fundamento. Mandada para casa do salão onde trabalhava devido a pandemia da Covid-19, esta jovem de 22 anos decidiu enfrentar a crise de frente e abrir o seu próprio negócio, com a ajuda do namorado, formado em Contabilidade.
Desde criança que Helaine queria trabalhar no mundo da estética. Assim, depois que abandonou a escola, no oitavo ano de escolaridade, foi contratada pelo Salão Gia. Nesta casa, começou a aprender os primeiros toques de estética, mas no ramo do cabelo. “Depois comecei a ver alguns vídeos na internet sobre unhas-gel, muito na moda, e passei a experimentar trabalhar com esse produto”, revela.
Aos poucos, Helaine foi comprando os seus materiais e a arranjar clientes. “Entretanto veio a pandemia e fui enviada para casa”, conta a jovem. Forçada a estar em casa, ela e o namorado, que acabara de fazer Contabilidade e estava também desempregado, resolveram arriscar e abrir um salão.
Fizeram as contas no papel e começaram a concretizar os planos. Passaram a poupar os ganhos para evitar o recurso a um empréstimo bancario. As coisas começaram a dar certo, com aumento da clientela, o que incentivou essa jovem nascida em Santo Antão a ser mais ousada. Decidiu alargar o seu leque de serviços e alugar um espaco comercial. “Passei da minha casa para um local mais adequado em Fernando Pó”, informa a jovem, que passou a trabalhar das 9 as 18 horas e aos fins-de-semana quando for preciso, mediante marcação.
Por enquanto, Helaine trabalha sozinha, mas pensa contratar outras pessoas se o negócio continuar a fluir.
“Vidal Beleza” é um dos muitos salões do ramo existentes em S. Vicente. Helaine sabe que a concorrência é forte, mas esta jovem do concelho do Paul mostra-se confiante na qualidade da sua “mão” quando o assunto é beleza feminina.