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Jornadas Portuárias da Enapor: Empresa registou “valores históricos” em 2024, segundo o gestor Irineu Camacho

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O ano 2024 foi um dos melhores de sempre na trajetória da Enapor, com o registo de “valores históricos” e crescimento alcançado em todos os segmentos de actividade, como os movimentos de navios, passageiros e de mercadorias. Esta avaliação foi feita pelo PCA da empresa no discurso de abertura das jornadas portuárias, evento que acontece hoje e amanhã na Cidade do Mindelo.  

Sendo mais preciso, Irineu Camacho revelou que tanto o Porto Grande como o Porto da Praia atingiu cada um mais de 1 milhão de toneladas de mercadorias no ano transacto. Ocorreu, segundo o gestor, um crescimento em torno de 10% na movimentação de contentores por toneladas e 7% no movimento de contentores por TEU’s. “Crescemos ainda no segmento dos cruzeiros em cerca 46% em escalas de navios e 27% a nível dos passageiros desses tipos de navios”, reforçou Camacho. Estes registos, prossegue, culimaram num crescimento de 68% dos resultados líquidos da Enapor. 

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Satisfeito com a performance da empresa, o PCA quer manter o barco nesse mesmo rumo. Enfatiza, neste sentido, a importância da jornada portuária, que este ano se assenta em 4 pilares: inovação, segurança, sustentabilidade e valorização do capital humano. 

E justifica a escolha: a inovação, diz, representa o futuro da gestão empresarial portuária, com iniciativas como a digitalização, automação e agilização dos processos. A segurança dos portos, cargas e trabalhadores, enfatiza, é tida como um compromisso permanente pela Enapor. Quanto a sustentabilidade, segundo irineu Camacho, está associada a um desenvolvimento com responsabilidade. Exemplifica esse conceito com a necessidade de o aumento da actividade portuária em C. Verde levar em consideração a minimização dos impactos ambientais. 

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A valorizaçao do capital humano, para Camacho, é nada menos que o maior activo da Enapor. “ Não há nenhuma inovação ou estratégia sem o talento e o compromisso das pessoas”, frisou o administrador, para quem os portos representam a espinha-dorsal da economia de Cabo Verde, por se tratar de um país arquipelágico.  

Para o ministro do Mar, o crescente movimento de passageiros, navios e cargas em C. Verde é fruto da conjuntura internacional, marcada por incertezas e conflitos e de situações que acabam por criar constrangimentos num lado e gerar oportunidades noutras latitudes. Porém, deixou claro que é preciso estar preparado para se identificar e explorar as oportunidades. 

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No caso de Cabo Verde, o governante afirmou que o Governo preparou dois grandes programas no sector marítimo e portuário, que comportam a modernização e expansão dos portos existentes, mas também a construção de mais 17 pequenas infraestruturas multifunções nas ilhas e que serão também geridas pela Enapor.  

Em relação ao Porto Grande, lembrou que está na fase final de construção o Terminal de Cruzeiros, a ser brevemente inaugurado, ampliação de terminais de contentores e de bunkering e ainda a renovação da gare marítima do porto de cabotagem. Iniciativas que, segundo Jorge Santos, visam aumentar a competitividade de C. Verde no Atlântico, onde enfrenta a concorrência dos portos das Canárias, Marrocos, Senegal e de outros países. E ser competitivo, na sua visão, implica apostar nos 4 pilares das sétimas jornadas portuárias da Enapor: inovação, segurança, sustentabilidade e capital humano.

A jornada, relembre-se, decorre hoje e amanhã na cidade do Mindelo. Após os discursos de abertura foi apresentado o painel Portos de Cabo Verde: Da história à modernização – Rumo ao futuro da conectividade marítima, tema desenvolvido com a participação dos ex-PCA da Enapor Franklim Spencer, Jorge Maurício, Carlitos Fortes e Alcidio Lopes e com a moderação do actural gestor, Irineu Camacho. Está ainda prevista a apresentação do balanço financeiro e negócio portuário do ano 2024, assim como a actualização dos planos directores comincidência no caso específico do Porto Grande e sua expansão e ainda a apresentação do “Projecto de Monte Cara Atlantic Marina nos estaleiros navais da Onave”. 

Vários outros assuntos estão elencados para serem debatidos na sessão de amanhã.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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