O Instituto Cabo-verdiano de Igualdade e Equidade de Género realizou ontem à tarde na Cidade do Mindelo a sessão oficial de abertura do projecto “Promover o empoderamento e autonomia de mulheres e jovens”, em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), com cursos profissionalizantes financiado pela Agência Espanhola de Cooperação e Desenvolvimento (Aecid), entre vários outros parceiros. De acordo com a coordenadora do projecto Dunia Duarte, o plano tem a duração de 3 anos (entre 2023 a 2025) e um financiamento à volta de 40 milhões de escudos.
Até o momento já foram realizadas 19 formações, porém há ainda mais ações cujo objectivo, como referido previamente, é promover o empoderamento de mulheres e jovens, especialmente a porção mais afectada pela pandemia da Covid-19. Actualmente, o projecto engloba 9 municípios sitos na ilha de Santiago (Praia, Santa Catarina e Santa Cruz), Boavista, Santo Antão (Porto Novo e Ribeira Grande), São Vicente e também na ilha do Sal.
As formações visam atribuir aos participantes a carteira profissional em áreas como Pastelaria (cozinha e confeitaria), Corte e Costura, Estética, etc., de acordo com as necessidades de cada município. Os formandos irão receber ainda kits de iniciação e reforço de negócios para promoverem o seu emprego.
A coordenadora do projecto avança também que a grande particularidade da estruturação para que não haja exclusão de algumas classes, não é só exigir somente o mínimo de escolaridade, mas garantir para além do acesso, a permanência e conclusão da formação, com auxílio no âmbito familiar, transporte entre outras adversidades, incluindo um módulo de igualdade de género e relações interpessoais. E conclui que o projecto em si tem revelado resultados positivos a nível da empregabilidade regular (formal), mas também com mais empreendedores, consequentemente a suprir as necessidades do mercado e a reforçar os seus negócios.
Dunia Duarte ressalta ainda a comunidade de mulheres calceteiras em São Vicente que, inicialmente solicitaram formação em gestão de negócios e competências digitais, mas que após uma análise preferiram algo mais prático sem se abdicarem da concepção inicial.
César Fortes, director do IEFP em São Vicente, reforça o quão benéfico têm sido as formações e enaltece que as calceteiras – ainda que previamente tenham tido acesso a formação na área através de outras instituições, adquiriram outra competência capaz de aprimorar o rendimento.
Já a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho, realçou no acto que o Instituto trabalha em várias áreas, mas essencialmente para as mulheres, com vista a igualdade de gêneros.
Andrea Lopes (Estagiária)
