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Governo vai alienar 27,44% da participação do Estado na Caixa Económica

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O Governo vai alienar 27,44% da participação social detida na Caixa Económica de Cabo Verde, S.A, ou seja, a totalidade das acções (381.904) que o Estado de Cabo Verde comprou da Sociedade Macaense Geocapital, com objectivo de garantir a estabilidade desta banca. A Operação Pública de Venda (OPV), na Bolsa de Valores, decorre entre as 8h30 de 11 de janeiro e as 15 horas do dia 23 de fevereiro, sendo que o preço de vendas é de 4.080 escudos/acção.

Em comunicado, o Executivo de Ulisses Correia e Silva diz que ambiciona criar uma economia mais dinâmica, promovendo o país como plataforma marítima, aérea, do turismo, financeira, digital e da inovação, da indústria e do comércio, do desporto e da saúde, desenvolvendo a conectividade interna terrestre, com vista a integrar o mercado das ilhas e estas com o resto do mundo. Estes pressupostos, acredita, deverão impulsionar mudanças na disponibilização de serviços e produtos financeiros, para suporte às empresas no arquipélago, enquanto Centro Internacional de Negócios.

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“Cabo Verde é um país credível e os investidores têm vindo a aprofundar a sua confiança e a aposta no país como destino de investimentos. A reforma do Setor Público Empresarial (SPE) confere novas oportunidades ao setor privado nacional e estrangeiro, objetivando o desenvolvimento empresarial e a aceleração do desenvolvimento económico”, afirma, frisando que assume e perspectiva continuar a acelerar as reformas do SPE, tornando-o um catalisador e acelerador do crescimento e desenvolvimento sustentável do país.

Com a confiança de que o setor privado é o driver para o desenvolvimento económico, prossegue o comunicado, o Governo dá assim início à implementação da agenda de empresas passíveis de privatização, alienação parcial, concessão ou Parceria Público-Privada (PPP), através da Resolução no104/2022, de 16 de novembro, com o lançamento da Operação Pública de Venda (OPV) de 27,44% da participação social detida pelo Estado na Caixa Económica de Cabo Verde, S.A.

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Com esta decisão, espera deixar de ser um agente ativo para se tornar um agente regulador do banco. Neste sentido, vai lançar, a 10 de janeiro, pelas 9h30, a Operação Pública de Venda (OPV) de 27,44% da participação social detida na CAIXA, na Bolsa de Valores de Cabo Verde. “O período de venda das ações será entre as 8h30 do dia 11 de janeiro de 2024 e as 15h00 do dia 23 de fevereiro de 2024. O preço de venda das ações é de 4.080$00/ação (37 Euros/ação) e poderão ser subscritas através da plataforma Blu-X ou dos bancos intermediários, nomeadamente, o BAI, o BCA, o BCN, o BI, a Caixa e o IIB”, especifica.

Esclarece que o processo de alienação das ações da Caixa foi planeado de forma a assegurar a transparência, em linha com as regras do mercado de valores mobiliários, aplicação das melhores práticas internacionais, boa governança e garantia da participação do setor privado e da sociedade civil. Por outro lado, visa promover o desenvolvimento económico, a competitividade, o emprego e o crescimento, o fortalecimento do ambiente de negócios, garantindo a salvaguarda dos interesses nacionais e a maximização dos benefícios sociais e económicos, através do seu mercado de capitais.

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Realça que a Caixa é uma instituição cotada em bolsa, pelo que a alienação da sua participação social neste banco confere oportunidade de investimento para as famílias no país e na diáspora, para diversificar a carteira de investimento e fomento da poupança. “A Caixa é um dos maiores bancos do setor bancário cabo-verdiano, com um ativo líquido de 3.503.409 milhares de CVE (31.773 milhares de Euros), fundos próprios a atingirem 7.388.464 milhares de CVE (67.006 milhares de Euros) e Rácio de Solvabilidade a situar-se nos 24,30%, a 30 de setembro de 2023, apresentando grande solidez económico-financeira. Em 2022, a CAIXA foi também considerada o banco mais digital do sector”.

O arranque desta OPV conta com a aprovação por parte da Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM), em conformidade com o quadro legal aplicável ao Mercado de Capitais. A estrutura acionista da Caixa integra, para além do Estado com os 27,44%, o INPS que detém 47,21% do capital social, os Correios com 15,14%, e outros subscritores e trabalhadores que detém 10,21%.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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