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Economia

Gilberto Lima suspende manifestação e denuncia desgaste dos vigilantes

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Foi suspensa a manifestação pacífica dos vigilantes marcada para esta sexta-feira, 13, para denunciar alegadas perseguições na sequência da greve de 24 a 25 de fevereiro e exigir a publicação do Preço Indicativo de Referência (PIR). O presidente do Sindicato da Industrial Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Serviços, Florestas, Serviços Marítimos e Portuários (Siacsa), Gilberto Lima justifica com o “desgaste” desta classe profissional devido as sucessivas greve perante a apatia do Governo, que nada faz.

A manifestação deveria arrancar por volta das 8h30 da manhã de hoje, mas os vigilantes só começaram a aparecer por volta das 9h e em número reduzido. Sequer chegaram a duas dezenas. O presidente do Siacsa optou então por suspender esta acção reivindicativa e fazer uma declaração à imprensa. “Os vigilantes não compareceram devido ao desgaste entre o período da greve e mais uma acção de luta. Esta manifestação tinha por objectivo denunciar a represália e a perseguição aos vigilantes por parte das empresas de segurança. E a situação se mantém”, explicou este dirigente sindical.

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Para Lima, ainda prevalece a mão dura por parte dos empregadores sobre os vigilantes e, curiosamente, não se consegue resolver o problema maior, que é a melhoria salarial destes profissionais. “Tudo isso tem a ver com este clima de medo. É cultural. São sucessivas greve, manifestações e por aí vai. E o Governo nada faz. Estamos em uma situação de calamidade laboral desta classe profissional”, desabafa o presidente do Siacsa, que desafia o Governo a definir, claramente, se vai ou não publicar o PIR para que as empresas, os sindicatos e os vigilantes possam decidir os próximos passos.

O dirigente exige igualmente uma clarificação às empresas relativamente ao cumprimento do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), que se encontra publicado para que se possa agir em consequência. Enquanto aguardam por respostas, os sindicatos que representam os vigilantes equacionam promover uma greve geral que, segundo Lima, será decretada dentro de dias. “Vou viajar agora para a Capital para reunir com os restantes sindicatos e propor uma data para a greve geral. Em S. Vicente o Siacsa representa a maior parte dos vigilantes pelo temos de ter algum cuidado em agir sozinhos. Tem de ser uma luta que envolve todos os sindicatos.”

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Diante fraca participação na manifestação de hoje, uma situação que Lima diz lamentar, este pede aos vigilantes para se envolverem em força e sem medo na greve geral, realçando que manifestar é um direito de todos. 

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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