O empreendimento turístico Palmeira da Cruz Eco-Lodge, em construção na localidade de Chã de Pires na Ribeira Grande, ilha de Santo Antão, já recebeu o certificado de registo de investimento. Trata-se de um investimento belga de 46 milhões de escudos e vai criar 12 postos de trabalho. A 21 de Janeiro, o Governo, através do Ministério do Turismo e das Finanças, tinha atribuído o estatuto de utilidade turística de instalação ao empreendimento.
O empreendimento, constituído por vilas separadas por uma área para produção de verduras e hortaliças, que se destinam ao consumo do Eco-Lodge, terá um total de 12 quartos. Fica localizado numa zona piscatória e de forte produção agrícola e tem também como objectivo a preservação e recuperação do património natural, paisagístico e cultural da região, diz a Cabo Verde TradeInvest numa publicação na sua página oficial.
Com essa finalidade, os seus promotores irão implementar medidas de reutilização da água para a irrigação das plantas, tratamento ecológico para resíduos sólidos e captação de águas pluviais para a rega de zonas de cultivo e jardinagem, acrescenta, realçando que esta é uma alternativa de ecoturismo que dará um forte empurrão ao desenvolvimento local da região.
Já no despacho conjuntos dos ministérios do Turismo e Transportes e das Finanças, estes justificavam a atribuição do estatuto de utilidade turística por se tratar de um projecto enquadrado na categoria de empreendimento no espaço rural, piscatória e de forte produção agrícola, composto por 12 quartos e uma área verde. Estrutura-se em cinco unidades que englobam três vilas e uma unidade que contempla seis quartos, posicionados de frente para o mar, tirando proveito da iluminação natural e da ventilação cruzada.
“As três vilas englobam todos os serviços necessários para o bom funcionamento das actividades turísticas como recepção, serviço de restaurante, área de lazer, aréa técnica e dois quartos para hóspedes”, descrevem no despacho conjunto publicado no Boletim Oficial II Série de 21 de Janeiro de 2022, acrescentando que o projecto estará enquadrado num dos roteiros turísticos mais procurados da ilha de Santo Antão para a prática de Trekking, que liga a cidade da Ponta do Sol, Fontaínhas, Cruzinha e Chã de Igreja.
“O público alvo são pessoas que procuram a agricultura, floresta, pecuária, a gastronomia típica, a observação da fauna e da flora, passeios ecológicos, centro interpretativo e visitas a parques e reservas naturais. Por se integrar num local onde se situa uma comunidade rural, piscatória e de produção agrícola, o projecto pretende apostar na preservação e recuperação do património paisagístico e cultural da região”, assegurava.
Outro argumento apresentado pelo executivo é porque, lê-se no despacho, vai ao encontro da política nacional traçada para o sector do turismo, para além de contribuir para o aumento de alojamentos, a promoção do turismo no espaço rural, bem como a valorização dos aspectos histórico, cultural e paisagístico, permitindo o crescimento do Produto Interno Bruto, com reflexos positivos na balança de pagamento do país.
