Uma delegação empresarial das Canárias está em S. Vicente desde ontem para analisar possibilidades de investimentos na ilha e criar parcerias com empresas locais. A iniciativa partiu da Expoarte, está enquadrada na celebração dos 25 anos de vida desta empresa, e, como reconhece o gestor Nelson Lopes, tem por finalidade injectar mais vida empresarial à economia da ilha onde nasceu e começou o seu negócio.
“Cabo Verde tem outras ilhas, mas, como comecei a empresa Expoarte em S. Vicente, porque não retribuir parte do meu sucesso à ilha que me deu a mão e permitiu-me chegar onde estou?!”, enaltece Nelson Lopes, que vê a presença dos representantes da associação Círculo de Confianza Empresarial como uma excelente oportunidade para conhecerem a realidade e as potencialidades de S. Vicente e da região e poderem estabelecer-se no mercado cabo-verdiano como fornecedores e/ou sócios.
Este cenário é visto com bons olhos por Abilio Ortega, presidente do Circulo de Confianza Empresarial, uma associação que alberga empresas de diversos ramos e que neste momento tem uma carteira de 90 mil clientes nas Canárias. Como enfatiza esse responsável, a primeira ideia é conhecer e sentir a ilha de S. Vicente para depois estabelecer sinergias com parceiros locais. “Somos todos ilhas e enfrentamos as mesmas realidades e dificuldades em gerar negócios. Temos de aproveitar as experiências mútuas, nomeadamente da Expoarte e da Câmara de Comércio de Barlavento, para avançarmos”, realça Ortega, que espera colher a máxima informação e conhecimentos durante a semana empresarial organizada pela Expoarte na cidade do Mindelo.
Segundo este empresário, a filosofia dos membros da aliança empresarial que preside assenta-se no conceito confiança. “Confiança na hora de fazer negócio”, salienta Ortega, cuja comitiva representa sectores como a reparação naval, segurança, novas tecnologias, formação, reciclagem e restauro. E foi com base nessa palavra de honra que aceitou também vir a S. Vicente, uma prova inequívoca da confiança que a sua instituição deposita no “jovem empresário” Nelson Lopes e no seu nível de profissionalismo.
Para Belarmino Lucas, presidente da CCB, a iniciativa de Nelson Lopes de trazer essa força empresarial das Canárias para S. Vicente, com o intuito de devolver à ilha onde nasceu parte do seu sucesso nos negócios, é um gesto digno de realce. Também por causa dessa postura, frisa, a Câmara do Comércio de Barlavento promete fazer tudo para apoiar a estadia dos empresários das Canárias, região com a qual Cabo Verde mantém uma relação de parceria muito próxima e que se manifesta claramente nas feiras organizadas pela FIC. “Esperamos que consigam compreender melhor aquilo que é esta ilha, a região e o país e possam ver o potencial de S. Vicente em termos de negócio e desenvolvam boas parcerias”, desejou Lucas, que gostaria de ver os empresários cabo-verdianos a explorar as potencialidades do espaço da Macaronésia. Para ele, mercado é mercado em qualquer latitude, mas não é de descurar o potencial dos arquipélagos que constituem a Macaronésia, um espaço de vários milhões de consumidores.
Aliás, a expansão internacional é já uma realidade e uma necessidade premente para a Expoarte, como reconhece o gestor Nelson Lopes. Segundo Lopes, o mercado cabo-verdiano começa a ser pequeno para a empresa, que decidiu estabelecer uma representação nos Estados Unidos. Tendo dado esse passo, acha que será um desafio mais fácil a presença da Expoarte aqui mesmo nas ilhas Canárias.
Kim-Zé Brito
Sr. presidente da CMSV.
Há cerca de dois anos atrás, o sr., em declaração conjunta na TCV com o responsável duma confissão religiosa, informou que em S.Vicente iria ser instalada uma televisão privada por esse organização.
Passado todo esse tempo, gostaríamos que o sr. nos actualizasse sobre esse assunto.
É que nunca mais soubemos de nada!!!