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CVOW: Experiência da empresa portuguesa Lotaçor pode ser replicada em C. Verde, garante o assessor Luís Rodrigues

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A experiência da empresa portuguesa Lotaçor no domínio das lotas pode ser integralmente replicada em C. Verde dada as semelhanças no que diz respeito à pesca e a performance entre os dois arquipélagos da Macaronésia. Esta garantia foi defendida por Luís Rodrigues, assessor do Conselho de Administração da referida empresa açoriana, e que interviu num painel liderado pela FAO, no quadro da CV Ocean Week, sobre o sistema de lotas, que garante a transaçãp do pescado entre o pescador e o comerciante.

“Há uma tendência em pensar que na Lotaçor se vende peixe – nada mais errado. Somos a maior empresa de pesca nos Açores, talvez uma das maiores na Economia Azul, e a nossa responsabilidade principal é proporcionar as melhores condições para que o peixe seja transacionado”, explica Rodrigues ao se referir à função da companhia, que é uma infraestrutura em terra licenciada para a recepção e entrega de pescado.

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Salienta que esta actividade permite dar confiança aos consumidores, visto que a própria empresa faculta igualmente o sistema de frio para a conservação do produto. “Garantimos que o peixe saia da lota em condições de consumo. Fazemos a rastreabilidade.”

A par da sua actividade visível, a Lotaçor, prossegue a fonte, tem outras responsabilidades pouco conhecidas, como a recolha e tratamento de dados de pesca, a segurança social dos pescadores e proteção ambiental. Luís Rodrigues assegura que a empresa é a maior fonte de informações sobre o sector pesqueiro nos Açores, que permite saber a quantidade de peixe retirado ao mar e as espécies. “O pescado é referenciado e, uma vez que trabalhamos com universidades e programas, cedemos as informações para a construção de algoritmos e a identificação das possibilidades de captura”, complementa.

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Segundo o assessor, as duas responsabilidades mais fortes da Lotaçor estão ao nível da segurança social – com a cobrança dos descontos dos pescadores para a segurança social – e o desenvolvimento de projectos no domínio da literacia oceânica, que são reconhecidos pela Unesco. No domínio ambiental, reforça, a empresa faz a recolha de lixos e resíduos tóxicos, que antes eram despejados no mar, mas que agora são reciclados. São os casos de baterias e óleos.

Tudo isto, entende Luís Rodrigues, pode ser replicado em C. Verde. Salienta, aliás, que a Lotaçor tem recebido técnicos cabo-verdianos e que a empresa faz contacto directo com as instituições públicas cabo-verdianas.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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