O BCA desmentiu informações avançadas pelo sindicato STIF de que a assembleia-geral dos acionistas realizada no passado mês de Junho tenha acordado o pagamento do prémio de produtividade dos colaboradores. Segundo o banco, este assunto sequer constava da agenda dessa reunião. O estabelecimento esclarece que a definição da remuneração variável para os colaboradores obedece a regras estabelecidas, no âmbito do Grupo Financeiro em que o BCA está integrado – CGD – e está condicionada pela conjuntura de pandemia em que se vive atualmente.
Além disso, a gestão do BCA desmentiu também a informação veiculada pelo sindicato STIF em conferência de imprensa, segundo o qual o banco desrespeitou parcialmente o acórdão do Tribunal de Relação de Sotavento relativo a um processo ganho pelo sindicato em representação dos trabalhadores afetos ao Fundo Privativo de Pensões. Sobre esta matéria, o comunicado do BCA não traz mais quaisquer informações.
O esclarecimento do BCA foi motivado pela notícia veiculada pelos jornais sobre uma greve nacional dos trabalhadores dessa instituição, que deverá acontecer ainda este ano. Em causa, explica o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Financeiras (STIF), o não pagamento do prémio de produtividade sobre os resultados económicos de 2019, decisão essa alegadamente aprovada pela assembleia-geral dos acionistas. Conforme esse sindicato, os valores foram retidos pela administração do BCA.
Para além desta reivindicação, os trabalhadores denunciam ainda o congelamento dos salários desde 2015, a suspensão da moratória sobre os créditos pela Comissão Executiva e os cortes de alguns direitos, nomeadamente nos cuidados de saúde prestados pelo banco aos colaboradores do sistema privativo.