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Economia

AMICACHI promove encontro com IGAE e ERIS: Lojas chinesas vão evitar importar e vender produtos falsificados

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As lojas chinesas de comércio geral vão passar a ter mais cuidado com a importação e venda de produtos falsificados, em particular roupas e sapatos. Segundo Paulo Pan, responsável da associação AMICACHI na cidade do Mindelo, o objectivo é que num futuro não muito distante deixem de colocar nas prateleiras materiais falsos de marcas registadas em Cabo Verde.

Esta medida surgiu na sequência de um encontro entre a AMICACHI (Associação Amizade Cabo Verde – China), a IGAE (Inspeção Geral das Actividades Económicas), a ERIS (Entidade Reguladora Independente da Saúde) e o DEF (Departamento da Emigração e Fronteira) que lhes permitiu ficar a par de leis e regulamentos ligados ao sector económico e outras informações importantes. “Já houve apreensão de produtos falsificados pela IGAE e acontece que algumas lojas não estão muito por dentro das leis. China é um mercado grande com um nível de produção de produtos enorme e variado. Acho que se as casas comerciais estivessem por dentro de certas leis essa situação não ocorreria. Mas o importante é que agora vamos trabalhar para mudar as coisas”, realça o empresário Paulo Pan.

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Apesar dessa decisão, Pan acredita que os preços dos produtos chineses não irão aumentar, até porque, diz, o poder de compra do povo cabo-verdiano é limitado em comparação com o de outros países. A solução, adianta, será escolher produtos de outras marcas, mas que tenham qualidade. “Cada dia mais, os cabo-verdianos querem produtos de qualidade. O consumidor é que dita as regras. Será possível corresponder a essa expectativa com aquisição de outros produtos. Se trouxermos equipamentos e materiais muito caros vamos atingir uma ínfima percentagem dos compradores e isso não nos interessa”, diz esse investidor chinês residente na cidade do Mindelo há vários anos.

Para facilitar o trabalho às casas comerciais e aos milhares de cidadãos chineses residentes em Cabo Verde, a AMICACHI vai lançar uma compilação de leis cabo-verdianas traduzidas. Esta etapa já está pronta, falta agora assegurar o financiamento do livro. “É preciso reconhecer os esforços incansáveis da AMICACHI, em especial na pessoa do sr. José Correia, primeiro presidente da associação. Hoje somos capazes de entender a promulgação de novas leis e regulamentos dos departamentos governamentais de maneira oportuna e eficaz. Deste modo podemos fazer uma melhor integração no mercado e na sociedade cabo-verdiana e permitir que o povo cabo-verdiano faça as suas compras num ambiente muito melhor”, considera Paulo Pan, realçando que em 2017 estavam registadas 67 casas comerciais chinesas em S. Vicente e que entretanto foram abertas mais três espaços. Hoje, diz, os empresários chineses, que já se sentem parte integrante da sociedade cabo-verdiana, estão a explorar outras áreas de comércio.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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5 Comentários

  1. Deve-se combater todo o tipo de pirataria,no que se refere a marcas nacionais e internacionais
    Não podemos permitir crime econômico, como cúmplices.

  2. he he he pedir ao chinês para fabricar produtos não contrafeitos seria a mesma coisa que pedir a Satanás para fabricar gelo no inferno …

  3. Na Alemanha compro qualquer produto chinês sem problema, porque sei que estou comprando produto de qualidade comprovada, por causa do rígido controle de qualidade que eles têm.
    Já em Cabo Verde, se algum dia entrar aqui um produto envenenado, vamos consumi-lo porque não temos controle de qualidade. Há bem pouco tempo, falei com uma autoridade sanitária, perguntei-lhe se Cabo Verde não tinha condições de comprar laboratórios para inspeção dos produtos, ele disse-me que, pela quantidade de dinheiro de inspeção que entra no cofre do estado, se o governo quisesse, compraria um laboratório para cada ilha.

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