A três dias do arranque da 1ª Feira das Micro e Pequenas Empresas de Barlavento, todos os 65 stands disponibilizados nos pavilhões da FIC na Lajinha estão esgotados, quadro que agrada a organização do evento. Ao mesmo tempo, Sara Lopes, gestora da Facetur, lamenta que não haja mais lugares disponíveis para acolher as unidades que decidiram tardiamente mostrar os seus produtos e serviços nesta exposição, que, diz, apresenta todas as vantagens de uma feira de negócios. Como salienta essa jovem, os participantes terão a oportunidade de expor as suas marcas ao grande público e às autoridades, interagir com potenciais parceiros e fornecedores e estabelecer parcerias.
A expectativa da organização não podia ser mais alta, pela forma como Sara Lopes fala desta edição primeira. No entanto, foi impossível trazer representantes das cinco ilhas da região de Barlavento. Devido ao custo da deslocação, mas principalmente por causa da imprevisibilidade dos transportes, diz Lopes, as empresas do Sal e da Boa Vista tiveram de desistir, apesar do interesse manifestado. “Estabelecemos vários contactos para ver se podíamos ajudar, mas estamos a trabalhar com empresas economicamente frágeis. O custo da deslocação tem o seu peso e os transportes são imprevisíveis”, explica Sara Lopes. Deste modo, a mostra irá contar com participantes apenas de S. Vicente – maioria -, Santo Antão e S. Nicolau. Porém, o número dos expositores não foi revelado à imprensa.
Para ultrapassar os constrangimentos logísticos que acabam por dificultar a presença das empresas de algumas ilhas, a feira foi concebida para ser rotativa. Isto significa que a próxima edição será numa outra ilha, aquela que apresentar as melhores condições, segundo essa fonte de informação.
Sob o lema “Pequenas hoje, Grandes amanhã”, a exposição acontece nos dias 13 e 14 deste mês em S. Vicente, das 17 às 22 horas. O evento, que encerra as actividades nos pavilhões da FIC na Lajinha, tem por objectivo criar oportunidades de promoção dos produtos, serviços e projectos desenvolvidos por empresas de pequeno porte, emergentes e startup’s. A ideia é dar uma “oportunidade digna e de qualidade” a essas unidades, fomentar a competitividade e o estímulo ao empreendedorismo, mas também mostrar o que Cabo Verde é capaz de produzir.
Nesta edição, assegura Sara Lopes, estarão representados os sectores do agronegócio, saúde, indústria, comércio, artesanato, turismo, ensino superior, formação profissional e energias renováveis. A par da exposição irá acontecer uma conferência no dia 12 na Universidade do Mindelo, na qual serão abordados os temas protecção social, importância da promoção de vendas e incentivos ao negócio.
Kim-Zé Brito