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Desporto

Papalelê finta barreiras e já está em Portugal

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Papalelê, eleito o melhor jogador do nacional da época passada, já está em Portugal pronto para iniciar uma nova etapa da sua carreira futebolística, agora como profissional. A notícia foi avançada pelo seu empresário num post no Facebook, mas sem no entanto especificar o nome do novo clube desse conhecido avançado do CS Mindelense.

Segundo Pedro Silva, o atleta vai jogar no campeonato luso para poder desenvolver as suas capacidades e adaptar-se ao futebol europeu, para depois chegar ao patamar “onde já deveria estar”. “Após três anos de luta, de sacrifício, desespero e chatices, o nosso ‘miúdo’ chegou. Conheci-o em 2016 numa das viagens a Cabo Verde, quando ainda ele tinha 18 anos, e reconheci logo nele habilidades diferenciadas”, começa por dizer o o empresário, que recorda os expedientes dados e barreiras enfrentadas para poder levar Papalelê à Europa. Como relembra, contactou vários emblemas, dos quais três enviaram carta-convite, sendo um da França. Desse modo, prossegue, decidiram submeter o jogador a testes no Lille.

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Só que se depararam com dificuldades em obter o visto de entrada na Europa, entrave resolvido depois de Papalelê receber uma convocatória para a selecção nacional e ir fazer um estágio em Portugal, que lhe permitiu obter entrada no seu passaporte. “Fomos então a Lille onde esteve 15 dias em testes, dos quais resultou o relatório da equipa técnica para o contratarem. Infelizmente, as leis francesas só deixam inscrever como profissional nos clubes jogadores com internacionalização oficial. Muito embora Papalelê já tenha ido à selecção várias vezes em jogos amigáveis não conseguiu ser inscrito”, explica Pedro Silva.

Apesar desse contratempo, diz Silva, a luta continuou, até que submeteu um pedido de visto para o jogador mindelense integrar o plantel de um clube português, tendo chegado a “boa notícia” passadas algumas semanas.

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Ultrapassada essa fase, Pedro Silva agradece aqueles que o ajudaram e deixa recado para os que tentaram atrapalhar esse processo. “Aos que tentaram que isto não fosse possível, que tentaram atrapalhar, deixo uma dica: a persistência, a dedicação e entrega, fazendo tudo em conformidade com as leis de cada país. Dá resultado!”, escreve Silva, que enalteceu entretanto a entrega de Daniel Jesus, Presidente do CS Mindelense, e de Janilda Nobre, dirigente também deste clube detentor do título nacional. Pedro Silva assegura que foi possível resolver o processo de Papalelê in extremis, até a última gota. “Mas conseguimos, rumo ao objectivo.”

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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