As meninas do Atlético do Mindelo conseguiram a passagem à segunda fase da Liga dos Clubes Campeões Africanos de Andebol e jogam a primeira eliminatória esta tarde frente à equipa DGSP, do Congo. A expectativa do treinador Aquilino Fortes é que as atléticas possam defrontar uma adversária menos difícil que o Petro de Luanda, que aplicou ontem uma pesada derrota à formação campeã de Cabo Verde, por 37-9.“Temos de aceitar que não temos argumentos para enfrentar a maior parte das equipas africanas aqui presentes, pior ainda as de Angola. Sem jogadoras de finalização à distância, como a Leila, é muito complicado enfrentar jogadoras experientes, tecnicistas e fisicamente mais fortes”, confessa o técnico do ACM, que ficou ainda mais limitado com o agravamento da lesão no joelho da atiradora Leila. Assim sendo, a principal arma da equipa é a circulação rápida da bola e penetração, o que será muito difícil.
O Atlético, que perdeu as duas partidas na fase de grupos, conseguiu passar às quartas-de-final porque a sua poule tinha apenas quatro equipas, tendo ainda uma delas desistido da competição. Deste modo, estava garantida a sua continuidade na prova desde o primeiro instante. Mas, para o clube, isto significa defrontar equipas cada vez mais possantes.
“Pelo menos conseguimos evitar o 1° de Agosto de Angola. Vamos jogar com uma equipa que desconhecemos, porque não tivemos a oportunidade de a ver em acção, pelo que a nossa esperança é que esteja ao nosso alcance. Mas, as características físicas das nossas atletas não nos permitem ir muito além”, admite Fortes, que vê a Liga como uma oportunidade de aprendizagem para todos os jogadores, dirigentes e equipa técnica.
Para a jogadora Edsânia, o Atlético está a passar por uma experiência interessante e positiva. Como diz, a equipa foi para a competição ciente das suas limitações, mas aberta a aprender com essa oportunidade. “No primeiro jogo com a ABO Sport podíamos ter feito uma partida melhor, se não tivéssemos entrado com algum medo do porte físico das adversárias. Temos alguma capacidade técnica, mas não é suficiente”, frisa Edsânia, que acumula também a função de treinadora. Para ela, o que resta é jogar sem nenhuma pressão e apreciar o momento. “Nesta segunda fase vamos defrontar equipas mais fortes, mas não podemos jogar com medo.”
Hoje começam as eliminatórias das quartas-de-final em masculino e feminino, com a calendarização de 8 jogos. As equipas vencedoras passam à semifinal enquanto as derrotadas irão disputar os lugares do 5° ao oitavo.
KzB
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