O governo acaba de estender a tolerância de ponto a todo o território nacional para permitir que todos os cabo-verdianos residentes no arquipélago possam acompanhar o jogo entre Cabo Verde e Eswatini, agendado para a próxima segunda-feira no Estádio Nacional. Inicialmente, a medida cobria apenas os funcionários públicos que vivem em Santiago, o que provocou revolta e indignação de elevado número de cabo-verdianos nas outras ilhas e até na diáspora.
Nas redes sociais foi despoletada uma discussão motivada tanto por um post de Rocca Vera-Cruz quanto por um artigo de opinião de João Henrique Delgado publicado no jornal Mindelinsite, que contestaram a decisão do Primeiro-ministro de anunciar a tolerância só para quem reside na ilha da cidade Capital. Logo, fica evidente que a mudança foi fruto da pressão exercida fundamentalmente nas redes sociais, em particular no Facebook.
No Boletim Oficial, o Executivo argumenta que, tratando-se de um jogo crucial e decisivo para a “seleção de todos nós”, e por forma permitir ao “povo das ilhas”, presencial ou remotamente, tomar parte e apoiar os Tubarões-Azuis no jogo com Eswatini, fica concedida a tolerância a nível nacional.
“No mais, todos, sem exceção, em qualquer ponto da diáspora, estão convocados para, juntos e numa só voz, entoarem o Cântico da Liberdade e vibrarem, com e pela Seleção, a cada lance nesse jogo das nossas vidas”, diz o texto da Resolução, que concede tolerância a partir das 12 horas do dia 13 aos funcionários e agentes do Estado, institutos públicos e autarquias, excluindo as polícias Nacional e Judiciária, Forças Armadas, estabelecimentos de saúde, guardas prisionais e vigilantes.