A única equipa portuguesa que compete na 14. edição da regata Ocean Race foi obrigada a desistir da primeira etapa da categoria VO65 devido a um erro técnico no percurso Alicante – Porto Grande do Mindelo, mas o velejador António Fontes assegurou ao Mindelinsite que vai regressar à competição em junho e disputar os pontos ainda em jogo. “Ainda há duas etapas e muitos pontos em jogo e vamos continuar na competição, fazendo o percurso Dinamarca – Holanda – Itália”, assegura Fontes.
O skipper do veleiro da Fundação Mirpuri explica que cometeram um erro quando estavam a atravessar o Estreito de Gibraltar, que ocorreu devido a um conjunto de factores, dentro os quais um problema electrónico no barco. Quase 48 horas após a largada de Alicante, acabaram por desviar da rota obrigatória e, segundo António Fontes, tomaram consciência da situação muito tarde, já quase a chegar à ilha de S. Vicente. Cientes da falha, decidiram retirar-se desta etapa e preparar a embarcação para regressar à prova a partir de junho. O barco sai amanhã do Porto Grande rumo à cidade de Lisboa para manutenção.
Apesar da desilusão, Fontes mostra-se satisfeito com a performance da equipa e do próprio veleiro da categoria VO65. Afirma que o barco andou “muito rápido” e estava em segundo lugar quando cometeu a falha. Devido ao erro, a equipa lusa ficou sem nenhum ponto, mas Fontes ainda acredita numa reviravolta.
Esta foi uma das aventuras descritas pelos navegadores dos veleiros Imoca60 e VO65 que integram a regata, que aporta pela primeira vez o arquipélago de Cabo Verde. Esta manhã cada um dos skippers relatou as arbitrariedades que enfrentaram nesta rota. Os tripulantes do veleiro suíço Holcim – PRB, da categoria Imoca60, foram os primeiros a entrar na baía do Porto Grande a uma hora da madrugada do dia 21 de janeiro. Apesar da hora, foram recebidos de forma entusiasta por centenas de pessoas no cais internacional do Porto Grande do Mindelo.