Os dezasseis grémios federados de futebol elegem hoje o núcleo coordenador que vai gerir a Plataforma para Valorização dos Clubes de S. Vicente. A sessão constitutiva dos órgãos executivos acontece na sede dos Falcões do Norte pelas 18 horas e tudo aponta para a escolha do grupo que vem assegurando o funcionamento dessa plataforma e que integra, entre outros elementos, Nuno Leite, presidente do Amarante. Além disso serão oficializados três grupos de trabalho, dois compostos por cinco elementos e um terceiro por seis pessoas. Estes serão os órgãos onde os clubes podem discutir questões de interesse geral e comum como o financiamento, a organização, as infraestruturas, a logística, enfim, fazer o diagnóstico do funcionamento do futebol.
O grupo dinamizador tem uma proposta a ser levada à votação da plenária, mas, assegura Leite, nada obsta o surgimento de listas concorrentes. A cerimónia será aberta pelo presidente do Falcões do Norte, enquanto anfitrião do encontro, seguida da intervenção de Nuno Leite, que irá fazer a contextualização da plataforma, o seu objectivo e os ganhos preconizados. Como Leite explica, trata-se de um espaço onde os membros podem debater e assumir posição sobre assuntos que os afligem, mas sem a pretensão de substituir nenhum outro órgão ou entidade oficial, nomeadamente a associação regional.
“Queremos fazer parte do sistema e não das estruturas do futebol, pelo que não é nosso objectivo/intenção substituir qualquer entidade. Servimos para debater questões do interesse geral e já chegamos a assumir posição, por exemplo, sobre o arranque da época desportiva. Na altura contestamos isso porque ainda havia muitas restrições impostas devido a pandemia, tendo o próprio Delegado de Saúde concordado com o posicionamento dos clubes de futebol”, ilustra Nuno Leite, deixando claro que esse fórum não interfere com os projectos individuais dos clubes.
Numa etapa mais adiante, a referida plataforma deverá incluir os clubes e escolas de formação de todas as modalidades desportivas praticadas em S. Vicente. Esse objectivo, reconhece Leite, é ambicioso, mas possível. “Já está tudo desenhado e não haverá confusão”, assegura esse dirigente, lembrando que há matérias de interesse comum entre as diversas modalidades, como o financiamento, as infraestruturas, logística, organização das provas, etc.
Leite evita avançar datas para a integração das outras modalidades, mas adianta que já começaram os contactos com os clubes e escolas de formação. A ideia é dar tempo de consolidação da plataforma do futebol e depois dar o passo seguinte.