Pub.
Desporto
Tendência

Campus Aminga: Campeão mundial, André Stein quer ensinar técnicas básicas do beach-volley e inspirar adolescentes com a sua história

Pub.

O campeão mundial André Stein pretende usar o seu percurso e os ensinamentos adquiridos enquanto atleta profissional de beach-volley para inspirar os adolescentes que estão a participar na 5 edição do campus de verão Aminga, evento a decorrer em S. Vicente de 20 a 27 de julho. Padrinho do projecto, o jogador brasileiro começou a ministrar as aulas de voleibol indoor ontem e a sua meta é repassar todos os fundamentos básicos da modalidade, como o posicionamento, o saque (serviço), passe, levantamento, defesa e ataque.

“Apoio este projecto desde o segundo ano, mas só agora foi possível estar cá para ver e sentir o ambiente. Estou adorando, é um privilégio poder repassar para os meninos os valores que aprendi e que ultrapassam o mundo do desporto, como o respeito, cair e saber levantar, o trabalho em equipa…”, assume Stein, 30 anos, que começou a aprender as técnicas do voleibol de salão no projecto social Vôlei Vida, no Brasil. Daí respeitar a iniciativa do campus de verão Aminga, que oferece a crianças dos 13 aos 17 anos um retiro desportivo e sócio-educativo durante uma semana na escola salesiana do Mindelo. Além de aprenderem a jogar andebol, basquetebol e voleibol, têm aulas de inglês, informática, matemática, fotografia, direitos humanos…

Publicidade

Campeão mundial e atleta olímpico, Stein começou a jogar o voleibol de salão. Aos 19 anos, entretanto, deu uma guinada na sua carreira, passando a competir no voleibol de praia. Uma mudança, diz, que foi obrigado a fazer para poder conciliar o desporto com a formação académica. “No Brasil, assim como noutros países, é um risco muito grande apostarmos tudo numa carreira desportiva profissional. Continuar a estudar era uma prioridade para mim. Recebi um convite para integrar um clube que me facultava uma bolsa universitária e aproveitei a oportunidade”, conta o competidor.

A passagem do pavilhão para a areia abriu-lhe as portas para um sucesso vertiginoso. Em apenas um ano foi escolhido para a seleção brasileira, sagrou-se campeão do Brasil e mundial. Em três anos já tinha incluído vários títulos no seu palmarés e catapultado como atleta olímpico. Algo surreal. “As coisas não acontecem por acaso. Consegui galgar esse terreno porque tive a sorte de encontrar um técnico experiente e competente e treinar com colegas que eram atletas olímpicos.”

Publicidade

Stein reconhece que o beach-volley é mais difícil do que o voleibol de quadra. Os factores? Jogar na areia, numa praia ao ar livre com influência do vento, sol e chuva. E mais: são apenas dois jogadores e que, nos circuitos mundiais, sequer podem contar com suplentes e a presença de um treinador. Tirando estes pormenores, diz, o resto é igual, ou seja, o saque, a recepção da bola, os toques, remates…

Neste momento, este tetracampeão do Brasil está no recesso. Conta voltar em força aos treinos em janeiro de 2026. Entretanto, no mês de agosto vai disputar uma etapa do circuito mundial na Alemanha e uma segunda na África do Sul, em outubro. A sua grande meta será o apuramento para as próximas olimpíadas.

Publicidade

Mostrar mais

Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo