Cabo Verde vai aproveitar o embalo do torneio mundial de beach volley Laginha Pro Tour Futures e subir a fasquia para acolher em 2026 o circuito de categoria Challenge da FIVB. A decisão está tomada, conforme o ministro da Juventude e Desporto, e, caso a Federação Internacional de Voleibol aceite a proposta, a prova deverá acontecer no mês de julho na cidade do Mindelo. Carlos do Canto assegurou à imprensa que a FIVB vai saber no decurso desta semana da intenção de C. Verde de passar para a categoria acima da Pro Tour Futures.
“Será aqui em S. Vicente, mas veremos se será possível organizar uma etapa na ilha do Sal”, acentuou o governante, que quer ver instalada nas praias da Lajinha e de Santa Maria duas arenas permanentes para acolher provas internacionais e dinamizar o beach-volley entre os atletas cabo-verdianos. O ministro salientou ainda a intenção de levar competições idênticas para Boa Vista e Santiago e mostrar que o desporto tem potencial económico.

Em entrevista ao Mindelinsite, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol revelou o desejo de a praia da Lajinha voltar a ser palco da Pro Tour Futures em 2026 ou mesmo receber o torneio de categoria Challenge. António Rodrigues adianta, aliás, que a estrutura montada em S. Vicente está mais adequada para o nível Challenge, sinal de que C. Verde pode acolher esta competição, que está acima da Pro Tour Futures.
“O modelo que disponibilizamos a Micau Graça foi de uma estrutura logística do Challenge. E, para nossa satisfação, a Câmara de S. Vicente decidiu fazer igual. Faltou-nos pequenos detalhes para estarmos no nivel Challenge”, relata António Rodrigues que foi o supervisor da FIVB para a competição realizada em S. Vicente.
Caído o pano sobre a prova, Rodrigues mostrou-se emocionado com o sucesso do evento. Recorda que houve alguns contratempos que ameaçaram colocar o projecto em causa – como a chuva de agosto, que destruiu Lajinha, e a falta de patrocínios -, mas considera que valeu o esforço da organização para lutar até ao fim. “Decidimos ir para frente porque S. Vicente é uma ilha merecedora por vários motivos, um deles pela sua relação com a modalidade de voleibol. No entanto, muita gente não tinha noção da envergadura deste torneio, mas hoje as coisas mudaram. As pessoas viram o que esta prova significa”, conclui esse técnico da FIVB, que dedicou o torneio aos antigos professores e jogadores de voleibol de S. Vicente, nomeadamente o professor Djimba, um dos principais impulsionadores da modalidade em C. Verde.
Questionado sobre o impulso que a competição terá no beach-volley nacional, António Rodrigues responde que haverá certamente uma mudança de mentalidade nos atletas cabo-verdianos, que passarão a treinar com mais empenho e nos meses de vento. Recorda que voleibol de praia implica jogar na areia, ao sol e sob efeito do vento e da chuva.








