Cabo Verde perdeu hoje ante a Geórgia por 60 a 85 na sua estreia inédita no Mundial de Basquetebol, em jogo disputado no Okinawa Arena, no Japão. A equipa nacional iniciou a partida com a conversão de cinco pontos e uma forte dinâmica dos pupilos de Mané Trovoada no sector defensivo. Os tubarões do Atlântico mantiveram a dianteira, com o score em 8×2, mas os georgianos começaram a afinar os tiros de 3 pontos até passarem para a frente por 9 a 8. A partir deste instante, a Geórgia assumiu o comando da partida, tendo fechado o primeiro período com a vantagem de 9 pontos.
No segundo tempo, a estratégia da Geórgia tornou-se evidente: permitir a penetração dos jogadores cabo-verdianos para a tabela e usar a sua elevada estatura para bloquear os atiradores. Até mesmo Edy Tavares, com os seus 2 metros e 20 de altura, foi vítima desta pressão. Sempre sob marcação, quando recebia a bola tinha no mínimo dois gigantes e quatro braços a tapar-lhe o caminho para o cesto. O jogador do Real Madrid conseguiu converter apenas 6 pontos durante a partida.
De fora, Cabo Verde tentava os 3 pontos, mas com um nível de eficácia muito baixa, enquanto a Geórgia acertava na maior parte dos disparos à longa distância. Na marcação dos lances livres, repetiu a mesma tendência: Cabo Verde falhava mais do que metia, enquanto a Geórgia fazia o contrário.
A Geórgia começou a distanciar-se no placar e fechou o segundo período com 26 pontos de diferença (22 – 48). No arranque do terceiro tempo, o técnico Mané Trovoada lançou aos seus pupilos a mensagem que os iria levar a sacudir a pressão: “Divirtam-se a jogar!”
Seria, entretanto, no quarto e último período que Cabo Verde iria mostrar um basquetebol mais solto. Em pouco tempo marca 8 pontos consecutivos e obriga a Geórgia a pedir desconto de tempo. Com o pé no acelerador, o combinado das ilhas manteve a velocidade em campo, em especial nos lances de transição. Acabou por vencer pela parcial de 23 x 15, a única onde foi superior.
A Geórgia, posicionada no 32º lugar do ranking mundial, foi implacável no jogo e usou com maestria duas das suas armas mais potentes: a elevada estatura dos jogadores e a eficácia nos tiros ao cesto das linhas de 2 e 3 pontos. Com 16 pontos na sua conta, T. Shengelia foi o melhor marcador da Geórgia e K. Mendes o mais eficaz do lado de Cabo Verde, com 11 pontos. Edy Tavares fez 6 pontos, 12 roubos de bola e 2 assistências.