Bastava um empate para Juliana Monteiro, atleta do Clube Sportivo Mindelense, conquistar o seu primeiro título de campeã nacional de Xadrez, mas quem singrou ontem na partida final foi Célia Rodriguez, atleta salense. Dona do ceptro conquistado na primeira edição da prova feminina, Rodriguez voltou a vencer, mas confessou à reportagem da TCV que o confronto com Juliana foi muito difícil. “Tive dificuldades para conseguir a vitória, mas não desisti e ganhei”, disse a representante do clube Oderf.
Juliana Monteiro, 18 anos, manteve também o título de vice-campeã de Cabo Verde, classificação alcançada na sua estreia no Xadrez, modalidade em que é a única praticante feminina em S. Vicente. Por isso, esta região teve apenas uma representante num lote de 20 atletas, sendo 16 do Sal, ilha anfitriã, 2 de Santiago e 1 de Santo Antão.
Juliana Monteiro teve o jogo na mão logo no início. E, no decorrer da partida, teve ainda a possibilidade de acionar o árbitro e reclamar o empate por erro da sua adversária. “Há uma regra no Xadrez que diz que um jogador pode reclamar empate se o adversário mantiver o mesmo alinhamento das suas peças por três vezes. Acontece que eu não sabia disso”, explica a jovem, que acabou por perder a partida, o que a deixou frustrada.
“Honestamente falando, fiquei frustrada porque tinha o jogo na mão desde o início. Não pude aproveitar a vantagem talvez por falta de mais experiência. Além disso poderia ter fechado a partida com um empate e não aconteceu. Por isso não posso dizer que fiquei satisfeita”, confessa Juliana Monteiro, que manteve, no entanto, a posição de vice-campeã de Cabo Verde.
Esta desportista começou a jogar Xadrez há dois anos para matar uma curiosidade. Logo na sua primeira competição nacional foi vice-campeã. A jovem admite que está a progredir, mas não se considera uma promessa da modalidade em Cabo Verde.