Vários artistas subiram ontem ao palco montado na avenida alcatroada de Chã d’Alecrim para homenagear o falecido futebolista Dukinha, filho dessa zona. As actuações começaram por volta das 18 horas e em pouco tempo a assistência invadiu esse espaço para apreciar a música e se solidarizar com a família do malogrado.
No palco uma banda composta por Djudjim, Ivan, Bick, Gugas e Djamilo, este um dos irmãos do falecido desportista.
A música tradicional foi o prato da noite, pelo que não faltaram mornas, coladeiras e sambas interpretadas por vozes como Lucinda, Bety, Ivone, Bel, Djony do Cavaco, Tanaia, Palass, Zequinha, Rauss e banda Nova Ideia… Já Vanduca optou por um reggae que mexeu o ambiente.
Foram cinco horas de música, momento intercalado com a entrega dos troféus aos campeões dos torneios desportivos realizados no âmbito do programa, que visou assinalar o primeiro aniversário da morte de Dukinha num acidente de viação ocorrido na estrada que liga a cidade do Mindelo ao aeroporto internacional Cesária Évora, em S. Vicente.
Cada intérprete recebeu uma lembrança em forma de uma pequena taça desportiva. Ao longo da noite, “Larapim”, como Dukinha era tratado, foi ovacionado e relembrado pela sua mestria com o esférico dentro do campo. Ele que vestiu as camisolas dos clubes Falcões do Norte, Batuque, Derby, Mindelense e Académica do Mindelo, além de ter integrado a seleção da ilha de S. Vicente.
“Dukinha era uma pessoa excepcional. Sorridente, abusado no bom sentido da palavra, um cientista com a bola no pé pela forma como pensava o jogo”, comentou o amigo João Delgado, que reside na zona de Lombo Tanque, mas que fez questão de ir testemunhar essa noite cultural e se unir à família do homenageado.