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Ministro da Cultura considera falecimento de Celina Pereira uma “perda irreparável” para Cabo Verde

O ministro da Cultura considerou o falecimento da artista Celina Pereira, ocorrido esta tarde em Portugal, uma perda irreparável para a cultura cabo-verdiana. Segundo Abraão Vicente, Celina era mais do que uma mera intérprete ou contadora de estórias, mas sim uma investigadora cultural que associou a sua vida a projectos que faziam uma forte ligação entre Cabo Verde e a diáspora. Além disso, acrescenta, a artista andava de escola em escola repassando saberes através de contos. 

“Ela foi sempre uma activista ousada, uma amante do mundo lusófono”, frisa Abraão Vicente, realçando que Celina foi uma das primeiras pessoas a potencializar a ideia da candidatura da Morna a Património Imaterial da Humanidade.

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Para o ministro, Celina Pereira estará sempre ao nível dos grandes artistas cabo-verdianos, um nome que será eternamente relembrado pela dimensão cultural que alcançou. “Não há e nem haverá outra Celina Pereira, uma mulher que se empenhou abnegadamente na promoção da cultura do seu país”, salienta o governante. Para ele, o dia 17 de dezembro será sempre lembrado tanto pela morte de Celina como da diva Cise.

Segundo o ministro, o Governo de Cabo Verde gostaria de enviar uma delegação a Portugal para a cerimónia fúnebre. No entanto, se isso acontecer amanhã acha que será muito difícil. Assegurou, no entanto, que haverá sempre uma representação do Estado de Cabo Verde presente, pelo que já houve contacto com a Embaixada em Lisboa nesse sentido.

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Aliás, o serviço diplomático cabo-verdiano em Portugal já reagiu ao falecimento da artista em nota enviada ao Mindelinsite. A Embaixada apresenta as suas condolências à família de Celina Pereira e disponibiliza-se para prestar todo o apoio possível e que lhe for solicitado como homenagem pela contribuição que a malograda deu à música e literatura cabo-verdiana.

Como realça a embaixada, Celina influenciou decisivamente várias gerações de amantes da música. Para além de uma grande produção musical e literária, enfatiza, a artista era também uma reconhecida ativista social e cultural, uma das promotoras mais consistentes à candidatura da Morna a Património Imaterial da Humanidade.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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