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Mindelact recebeu 315 candidaturas de 31 países: “Somos um importante agente de promoção de Cabo Verde”, diz João Branco

A Associação Artística Mindelact recebeu 315 projecto/espectáculos, oriundos de 31 países incluindo Cabo Verde, para a sua edição 2019, ano em que este que é o maior festival de teatro da África Ocidental celebra as suas bodas de prata. A procura mais que duplicou, segundo o presidente João Branco, para quem o Mindelact é um importante agente de promoção do país, pelo que augura um evento a altura da sua própria história.

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As candidaturas vieram de países como Alemanha, Angola, Arménia, Argentina, Bélgica, Brasil, Bolívia, Burkina Faso, Cabo Verde, Dinamarca, Chile Croácia, Espanha, França, Grécia, Guiné Bissau, Hungria, Índia, Inglaterra, Irão, Israel, Itália, Japão, Lituânia, Marrocos, Moçambique, Países de Gales, Portugal, Ruanda e Uruguai. De entre esses, o maior número de espectáculos veio do Brasil, com cerca de 53% do total, seguido de Portugal e Cabo Verde.

“Fomos muito surpreendidos pelo número de candidaturas. Mais do que duplicou em relação aos anos anteriores. Nem se compara, quer em termos absoluto quer na quantidade de países de onde essas propostas chegaram. Ficamos muito orgulhosos ao ter a noção que há muita gente em todo o mundo que passa a conhecer e a saber de Cabo Verde por causa do Mindelact. Somos, sem a menor dúvida, um importante agente de promoção do nosso país com o que ele tem de melhor, que é a sua dinâmica cultural”, afirma.

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O presidente desta associação acredita que o desejo de estar no Mindelact, sobretudo por parte de grupos e companhias distantes da realidade de Cabo Verde, tem muito a ver com escolhas e curadorias. “Quando trazemos nomes como Tadashi Endo, Radim Vizvary ou Marlene Freitas, que são conhecidos em todo o mundo, isso acaba por provocar uma multiplicação nos canais que vão falar ou referir ao nosso festival. Acreditamos que a tendência será continuar a crescer”, acrescenta, realçando, sem revelar nomes, que para este ano há propostas na programação que são referências mundiais.

Mas este número expressivo de propostas acabou por dificultar o trabalho de selecção. Mas o entrevistado Mindelinsite, João Branco, garante que o resultado final da programação ganhará um acréscimo de qualidade, diversidade e emoção. Este será conhecido no próximo dia 05 de Julho, dia em que se comemora o 44º aniversário da independência de Cabo Verde.

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Instado se esta participação não acarreta também responsabilidades, sobretudo em relação a qualidade deste festival, este explica que o importante é continuar a trabalhar na previsibilidade porque os grandes nomes e referências têm agendas que implicam que as presenças sejam acertadas, por vezes, com mais de dois anos de antecedência.  Paralelamente, é preciso expandir as parcerias. Um exemplo é o protocolo que o Mindelact vai assinar com o Teatro Municipal do Porto, no quadro da geminação entre os municípios do Porto e São Vicente.

Aliás, neste âmbito, lê-se na página do Mindelact, o seu director artístico esteve naquela cidade lusa para acompanhar a Semana dos Programadores do festival de dança DDD (Festival Dias de Dança) e de Teatro, o FITEI, onde foi costurado esta parceria. Esta vai ser assinada durante o Mindelact 2019 e envolverá residências artísticas, formações e troca de espectáculos. Neste quadro, o director artístico do TPM, Paulo Guedes, e o director artístico do FITEI, foram convidados para marcar presença na 25ª edição do festival.

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. O Sr Blanco e todo esse elenco merecem um reconhecimento MUNDIAL pq eles apostaram pelas artes cénicas num terreno “arido” ,e não desistiu, entrega-se em corpo e alma pela cultura. Eu conheço-lhe a distância mas seu esforço chegava como exemplo de lutar contra adversidade .

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