Mindel Summer Jazz homenageia co-fundadora Samira Pereira e apresenta um cartaz com ícones de jazz a nível mundial e projectos colaborativos
A 10ª edição do Mindel Summer Jazz, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, homenageia a sua co-fundadora Samira Pereira. Após dois anos de ausência devido a pandemia da Covid-19, a organização aposta na qualidade e traz para Mindelo ícones de jazz a nível mundial, projectos colaborativos locais, wokshops e instalação artística, que vão ocupar e valorizar espaços no Mindelo.
O cartaz deste festival de Jazz de São Vicente foi apresentado esta tarde à imprensa no Mindelo por Alexandre “Xazé” Novais e Vou Monteiro, que fizeram questão de destacar a importância de celebrar estes 10 anos do certame, não obstante os constrangimentos para trazer os artistas para São Vicente. Exactamente por isso, aproveitaram para fazer um agradecimento especial aos parceiros, que ajudaram a organização a montar este cartaz a altura das expectativas e digna desta 10ª edição.
“Fazemos este festival para a cidade, de Mindelo para Cabo Verde e para o mundo. Neste sentido, preparamos um leque de actividades gratuitos em diferentes espaços culturais mas tendo como palco principal a Pracinha do Liceu Bedje, onde será erguido o tradicional Jazz Village para podermos sentir o jazz urbano”, declarou Xazé, para quem o tudo isso para esta cidade do Mindelo que respira cultura.
Como actividades paralelas, estão previstos a realização de uma instalação artísticas dinâmica no Centro Cultural do Mindelo à imagem de Samira Pereira com vários horizontes em movimento e o MSJunior que é muito caro a organização deste festival. “Começamos o MSJunior há três anos e este ano ganhou um formato mais completo. Vamos aproveitar do novo CNAD para fazer esta actividade, que tem como publico-alvo crianças e famílias, trazendo este ambiente para a Praça Nova”, detalha.
As actividades paralelas encerram com o tradicional Alta Lua Jazz Conection no Pontão da Marina do Mindelo. Trata-se de uma pré-abertura do festival, com um Juzz Doet com um artista português, avança Xazé Novais, sem levantar completamente o véu. “Este Juzz Doet vai ser com vocalista-baterista, que vai ser uma grande surpresa”, afirma, realçando que todas as actividades paralelas são gratuitas, incluindo ainda neste rol de actividades dois workshops promovidos pelos dois grupos internacionais participantes do MSJ um no Centro Cultural do Mindelo e outro no Mansa Floating Hub.
Relativamente ao palco principal na Pracinha de Liceu Bedje, Voo Monteiro garante um grande momento de jazz com um cartaz de qualidade. É assim que, no dia 4, o MDJ arranca com o projecto “Incrustod” de Vamar Martins feat Carmen Silva (Markus Leukel, Yannick, Bruno Pires, Gugas Lopes e Lúcio Vieira); Pret & Bronk (Kaly Angel, Ivan Medina, Vando, Buna e Enos David) e Sandra Horta; e o Trio 368°, uma banda internacional formado por Cheik Titiane Seck, Alune Wade e Paco Séry.
Para o segundo dia, estão previstos actuações do projecto Tone Afromix Band, do guitarrista Roma’s Rodrigues; Trio Mindelo (Bau, Kisó, Yanninck e Markus) feita Bertanea Almeida e Gabriela Mendes e encerra com uma grande festa com o Quinteto comandado por Alain Perez, que é um baixista cubano.
Enquanto parceiro do Mindel Summer Jazz, o presidente da CMSV voltou a frisar a importância das actividades culturais e o consequente apoio. Isso porque, segundo Augusto Neves, a experiência mostra que a movimentação da ilha de S. Vicente e a parte econômica gira a volta da cultura. “São estes eventos periódicos que trazem amigos, visitantes e turistas para conhecer e dinamizar a ilha. Por isso, a CMSV abraça todos os projectos sérios como o MSJ, desenhando estratégias e idealizando as expectativas, tendo em conta os recursos disponíveis porque a ilha ganha muito.”
Para o edil, a movimentação que se verifica na ilha é graças a sua rica programação cultural. Daí as parcerias que a CMSV vai fazendo e reforçando. De referir que, no que tange a responsabilidade cultural e no quadro da parceria com o Berklee College of Music, este ano estará em SV um reconhecido “management company” para ver a possibilidade de levar artistas nacionais através do MSJ.