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MCIC e Lusófona assinam protocolo para atribuição de 4 bolsas de estudo superior em artes performativas e cinema

O Ministério da Cultura e a Universidade Lusófona assinaram esta manhã um protocolo que vai permitir financiar a formação superior de quatro alunos em artes performativas, cinema e artes dos media. As vagas, segundo o ministro Abraão Vicente, serão preenchidas com base num edital a ser publicado em breve. “Não temos cartas marcadas. O objectivo é abrir um edital para quem queira concorrer. Precisamos diversificar os nossos agentes na área das artes, darmos oportunidades de entrada a outras pessoas”, realçou o governante.

Acreditada pela Agência Reguladora do Ensino Superior, a licenciatura é pioneira em Cabo Verde e vai possibilitar formar actores do teatro e do cinema, que terão ainda uma forte base em dança. Aspectos que agradaram Abraão Vicente, que diz apreciar a implementação de um projecto tão caro para o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas por uma universidade em S. Vicente, ilha projectada há décadas para ser a capital da cultura em Cabo Verde.

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Segundo o governante, assina o protocolo visando preparar o futuro, visto que o sector da Cultura tem sentido uma “carência brutal” de quadros formados. Como disse, é preciso deixar de funcionar com base na intuição e, para isto, nada como um ciclo de estudos certificados pela agência reguladora e com carimbo de uma universidade.

Abraão Vicente fez questão de frisar que o acordo foi possível graças a Lei da Cópia Privada e a Lei do Cinema. A sua expectativa é que o protocolo sirva de incentivo a outras escolas do ensino superior.

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“Temos imensos desafios no sector das patentes, dos direitos privados, das cópias, da internacionalização das nossas patentes e do registo das patentes”, enumerou A. Vicente, que chamou atenção para o facto de a cooperação alemã ultrapassar o domínio da investigação científica, como, segundo ele, muita tente ficou a pensar, na sequência da visita do Presidente da Alemanha. Abraão Vicente esclareceu que tudo isso tem a ver com o patentear das descobertas científicas feitas em Cabo Verde e dar cunho financeiro às mesmas. Na sua opinião, as patentes são o futuro e podem gerar economia de escala. Por isso, acrescenta, investir nas indústrias criativas é algo muito positivo.

Colocar novos actores do cinema e do teatro no mercado

A Universidade Lusófona de Cabo Verde já assinou cerca de 40 protocolos com instituições nacionais e internacionais desde 2021, mas, segundo o Reitor, este acordo com o Ministério da Cultura tem uma importância especial. Isto porque, diz Carlos Delgado, abrange uma área muito cara para a escola, que é a das indústrias criativas. “Estamos a falar de um ciclo de estudos que será ministrado pela primeira vez em Cabo Verde, isto é, uma licenciatura em artes com saídas profissionais para o teatro, o cinema e com grande vertente em dança”, especificou.

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O responsável da ULCV enfatizou ainda que foi preciso acreditar o curso junto da agência reguladora do ensino superior, processo que gerou algum cuidado por ser pioneiro. Assegurou que o curso Artes Performativas e Cinema e Artes dos Media faz parte da estratégia da Lusófona de se apresentar no mercado cabo-verdiano pela sua singularidade, no quadro das universidades. Carlos Delgado está convencido de que serão colocados no mercado nacional actores do teatro e do cinema e fazedores das artes dentro de quatro anos, tempo do curso.

O protocolo está avaliado em 2.304 contos e é destinado ao financiamento e atribuição de 4 bolsas de estudo a alunos da Universidade Lusófona de Cabo Verde. O montante será pago no início de cada ano lectivo, até perfazer os 4 anos do curso.

Os alunos deverão ter um aproveitamento de pelo menos 50% para continuarem a beneficiar dessa benesse. Em caso de reprovações ou aproveitamento escolar inferior ao estipulado, a bolsa é suspensa, sendo certo que o MCIC não se responsabiliza por qualquer reprovação.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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