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Cultura

Estrela do Mar revela enredo, figuras de destaque e música: Proteger a natureza e levar o grupo ao pódio

O grupo Estrela do Mar abriu ontem à noite o véu sobre o enredo, as figuras de destaque e a música escolhidos para o show que vai presentear os adeptos do Carnaval no dia 5 de Março no asfalto do Mindelo. Este grémio, que regressa ao activo após um retiro de sete anos, foi o último a revelar os seus segredos ao público mindelense, mas quer ser o primeiro lugar do pódio.

“É com muita emoção que estou aqui hoje. O facto de organizarmos este evento é prova que conseguimos vencer”, disse o presidente Luiz Gonçalves, que agradeceu o empenho da Câmara de S. Vicente no desenvolvimento do Carnaval e elogiou o trabalho feito pela Ligoc-SV.

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Apesar do atraso e de alguns contratempos, Estrela do Mar conseguiu levar o seu evento a bom porto. Abriu a noite com a famosa e vencedora música Nesse bote e tude igual, da autoria de Mick Lima, e que foi interpretada pela cantora Rosa Mestre. Depois foi a vez de Leonel Almeida cantar três composições eternizadas na sua voz, para finalmente chegar os momentos mais aguardados da noite: a apresentação das musas, rainha da bateria, porta-bandeira/mestre-sala, reis e rainha e música. Enfim, algumas das peças que serão avaliadas pelos jurados no concurso oficial e irão ditar o resultado do grupo.

Para Rainha da bateria, o chamado grupo de Fonte Filipe aposta os seus trunfos nos dotes da passista Ilsevania Alves, Princesa do grupo Cruzeiros do Norte no desfile do ano passado. A performance dessa dançarina da ilha do Maio foi um dos pontos altos da gala.

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O EdM vai levar dois casais reais para o concurso, eles que terão o mesmo estatuto e concorrerão para os prémios individuais. As escolhas recaíram nos cônjuges Zeca e Vanda Duarte e no emigrante Adilson Santos e a jovem mindelense Gi Alice. Residente na Holanda, Ady, como é conhecido, esteve ausente, mas enviou um vídeo de apresentação. Só que, devido a problemas técnicos, a sua mensagem não foi ouvida pelos presentes.

Caberá a Wilza Rego carregar o standard, acompanhada do Mestre-sala Carlos Gonçalves. Porém, durante a apresentação, o público ficou na expectativa de ver o “samba no pé” de CG. Resta aguardar para o dia D?!

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A direcção do Estrela do Mar “rodou” duas músicas no evento de ontem. A primeira, intitulada Regresse d’Estrela, é da autoria de José Graça; a segunda foi criada por Papi Tavares, vice-presidente do EdM, chama-se Gongon (nome de uma ave endémica de Cabo Verde em vias de extinção) e é a composição que será apresentada no desfile. É que, como explica Papi, o regulamento só permite o uso de um samba-enredo.

O desfile do Estrela será suportado pela batucada de Mick Lima, um artista que confessou trazer o grupo no seu coração. Após uma paragem de sete anos, o grémio volta ao activo com a pretensão de conquistar o ceptro, ostentado até o momento pelo Vindos do Oriente, com um enredo intitulado A mensageira. Resumidamente, trata-se de uma estrela enviada pelos deuses de outras constelações para impedir a destruição do meio ambiente na Terra. “Frágil” e “poderosa” ao mesmo tempo, essa estrela conta com o apoio de ambientalistas na sua luta contra os meios de poluição. Inspirado nessa mensagem, o EdM vai trazer um carro alegórico construído apenas com materiais recliclados.

Caído o pano sobre a apresentação do enredo, o grupo concentra agora a sua atenção propriamente dita nos ensaios gerais, que começam amanhã à noite no clube Castilho.

KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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2 Comentários

  1. Força Estres do mar! Devem lutar pela vitória mas, não devem por a fasquia muito alta. É que os outros grupos estão mais rotinados e se puserem a fasquia muito alta e caso não tiverem um bom resultado, o desejo pode transformar-se em frustração. Não se esquecem: numa competição, sempre ganha-se e sempre perde-se. Caso contrário não há competição.

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