E. Marcos e T. Rotterová apresentam “Dualis Arcana” no Mansa Foating: Desenhos e fotografias que despertam os mistérios da dualidade
A dupla Enaldo Marcos e Terézia Rotterová inaugura este domingo no Mansa Floating a exposição de desenhos e fotografias Dualis Arcana, que propõe uma viagem ao mundo dos mistérios e da dualidade. Temas isotéricos desafiam à interpretação de imagens concebidas por esse casal residente na Islândia, país onde apresentaram pela primeira vez esse trabalho conjunto.
Os artistas explicam que as suas obras visam despertar a essência da natureza humana, estabelecer a conexão entre o sere humano e o universo. Este universo tem paralelo entre o espaço físico e o próprio interior de cada pessoa.
“Os nossos estilos se entrelaçam. São dois mundos com técnicas diferentes, mas que utilizam o mesmo conceito”, comenta Enaldo Marcos, jovem nascido na ilha de S. Vicente, cujas obras se destacam pelo forte colorido e a abordagem de temas que retratam a vida, a morte, a criação. Entre as 11 pinturas que vai apresentar na exposição constam os quadros “A secret only the dead know”, “Noein” (palavra grega ligada ao noético e que significa o acto de observar, ver e pensar), “Edge of creation” e o seu primeiro quadro deste seu mais recente estilo, intitulado “Cradle of consciousness”.
Quanto a Terézia Rettorová, fotógrafa de nacionalidade eslovaca, aposta numa série de 12 imagens, algumas macros captadas com técnicas próprias, ligadas aos projectos “Impact of awareness” e “Water for life”. As fotografias têm formato A5 e três delas são telas com 1,80 metros de largura por 80 centímetros de altura.
A ideia do casal é expor as obras de forma a se interligarem no espaço físico e contar uma linha de história, tal como fez na Islândia. “O dono da galeria foi quem nos deu essa ideia e foi a primeira pessoa a manifestar a sua satisfação pela exposição. As pessoas que visitaram o espaço nos confidenciaram que se sentiram num ambiente de paz e de contemplação. Esta serenidade foi provocada tanto pelos nossos trabalhos como pela música ambiente”, explica Enaldo Marcos.
Segundo Rettorová, tenta exprimir nas suas fotografias a inspiração, o misticismo, a meditação, a espiritualidade e as facetas do comportamento humano, que muitas vezes é contraditório. Como explica, da mesma forma que a raça humana venera a divindade, destrói a natureza sem se dar conta que está a atacar essa mesma divindade.
Enaldo Marcos, por seu lado, tenta mostrar o lado místico da vida.
A exposição é inaugurada hoje à noite e decorre até 15 de outubro.
