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Cineasta Abel Monteiro representa em CV a plataforma Tellas, conhecida por “Netflix africana”

O cineasta mindelense Abel Monteiro vai representar em Cabo Verde a plataforma de streaming Tellas, conhecida por “Neflix africana”. O convite, diz o entrevistado do Mindelinsite, partiu de Sílvio Nascimento, actor de novelas da estação televisiva Sic.

Abel Monteiro explica que conheceu o actor português quando este esteve em Cabo Verde para apresentar a plataforma. Na altura, diz, tinha acabado de vencer o concurso Centenário de Amílcar Cabral com o filme “Amílcar Cabral, o Presidente Astral”. “No dia da premiação, Sílvio aproveitou para apresentar a plataforma Tellas em Cabo Verde. Conversamos e ele me facultou todos as informações. Decidi submeter o meu filme e este foi aceite. Agora ele fez-me o convite para representar a plataforma em Cabo Verde”, detalha o cineasta, cujo filme Turtle Friend está disponível nesta plataforma desde junho passado, tendo sido o primeiro filme cabo-verdiano na Tellas.

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O próximo passo, segundo Monteiro, é a divulgação da plataforma junto da classe dos cineastas e produtores para que possam aderir. “Acredito que, através desta plataforma, o pessoal vai ganhar uma outra visibilidade. E não é gratuita. As pessoas subscrevem para streaming e os produtores ou realizadores que têm os seus filmes na Tellas vão poder ganhar algum dinheiro, consoante a visualização dos seus trabalhos”, explica este cineasta, que não se mostra muito preocupado com os ganhos.

No meu caso, tenho um filme nesta plataforma, mas nunca me preocupei em saber se ou quanto ganhei. Estou mais preocupado com a visibilidade que o meu trabalho possa ter”, acrescenta Monteiro, que se mostra mais expectante com a possibilidade da Tellas permitir escolher filmes por países. “Assim, se as pessoas quiserem assistir filmes sobre o nosso país ou realizados por cineastas ou produtores cabo-verdianos, basta clicar sobre Cabo Verde. Se for sobre Angola, idem. É uma forma de ter mais filmes crioulos, de projectar os nossos produtores e ter algum retorno financeiro para os realizadores e produtores cabo-verdianos e da CPLP”.

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Segundo Monteiro, à medida que a plataforma for recebendo mais filmes e angariar mais subscritores haverá mais rendimento para os realizadores. E, num futuro a médio prazo, pode tornar o cinema crioulo e africano mais sustentável. Mas, para isso, as pessoas têm de aproveitar para enviar os seus trabalhos o mais rápido possível. Isto porque, frisa, as exigências técnicas ainda não são muitas, em comparação com a Netflix.

Caso um filme seja aprovado pela equipa técnica da Tellas, o produtor deverá assinar um contrato e poderá monitorar as suas visualizações e o seu rendimento. Os interessados poderão enviar os seus projectos como séries, video-clips, programas de entretenimento, informativos ou peças de teatro para que estes cheguem ao maior número possível de pessoas. A legendagem em diferentes línguas será garantida pela plataforma Tellas.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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