Beto Dias canta amanhã em São Vicente para celebrar os 30 anos de carreira: “Agradecer o carinho”
O artista Beto Dias escolheu a cidade do Mindelo para celebrar os 30 anos de carreira com um espectáculo no areal da Lajinha amanhã à noite, acompanhado por um grupo de amigos, entre os quais Suzana Lubrano. Acabado de desembarcar em S. Vicente, o cantor de zouk-love não escondeu a sua gratidão pelas gentes da chamada ilha do Monte Cara, que desde ’89 acompanham com carinho a sua carreira.
“Este espectáculo é um momento marcante para mim. Muitos perguntaram o por quê de não começar a comemoração por Santiago, ilha onde nasci. Escolhi São Vicente porque tenho muito que agradecer a ilha, pois lembro-me que, desde que saiu o primeiro disco, as minhas músicas foram muito escutadas aqui e isso me toca enquanto artista”, explica Beto Dias. O artista acrescenta ainda que nutre por São Vicente o mesmo carinho que tem pelas outras ilhas, sem preferências.
Para o show, Beto Dias convidou alguns artistas que irão fazer parte desta comemoração como Jorge Neto, Suzana Lubrano, Sandro Correia, Blacka, Marcos Fonseca, Batchart, Zé Rui de Pina, entre outras surpresas.
Sandro Correia, que vive nos Estados Unidos e não actua em São Vicente há 10 anos, vê o convite de Beto Dias como uma oportunidade para relembrar os fãs os sucessos seus tocados outrora, por exemplo a música “Controla”. Correia acrescenta que tem novas composições para colocar no mercado, em breve. Este assegura que a sua relação com Beto Dias não se resume à musica. “Somos como irmãos, muito amigos, já cantamos em muitos lugares juntos e ele convida-me sempre que tem um show”, explica. Sandro afirma que junto com Beto Dias pertenceu a uma altura “sabi”, em que as músicas tinham mais “açúcar” e falava-se mais do amor.
A comemoração dos trinta anos de carreira de Beto Dias começou em Agosto, em Portugal, depois na Holanda e agora em Cabo Verde. A digressão em “casa” começa pela ilha do Monte Cara e em finais de Dezembro será a vez de levar a melodia dos seus ritmos à ilha do Sal. Segundo Dias, se tivesse que eleger um momento marcante neste percurso escolheria um vivido recentemente em palco na Suíça, junto da comunidade cabo-Verdiana residente e de países vizinhos. No entanto não se esquece da sensação, a qual diz ter sido única, no festival da Baía. “Foi um momento alto.”
Destas três décadas de percurso, Beto Dias faz um balanço positivo, sem se esquecer do suporte dos fãs . “Desde o começo nos Rabelados sempre tive o carinho dos cabo-verdianos”. Em agenda tem um projeto musical para o verão de 2020, mantendo a sua linha em termos de ritmos.“Apesar de tantos anos ainda a voz está bem e pretendo seguir o meu percurso na música até onde Deus me permitir”, promete o cantor, para quem a aposentadoria ainda não é opção.
Sidneia Newton (Estagiária)
