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Artista Jorge Tavares defende estreia de “Vozes das Ilhas” no palco do festival Baía das Gatas

O compositor e intérprete Jorge Tavares defendeu ontem uma estreia do evento “Vozes das Ilhas”, organizado pela Serenata Produções, no palco do festival Baía das Gatas, o maior evento musical realizado na ilha de S. Vicente. Para o artista maiense, esse encontro de músicos e cantores nacionais, que completou ontem a sua 12. edição, merece alcançar uma outra dimensão. E, estar no palco da Baía das Gatas, para ele, deveria ser um passo almejado.

“Deveria ser levado para esse palco porque é um evento que reúne artistas de todas as ilhas e de elevada qualidade, posso até afirmar que Vozes das Ilhas apresenta o prato forte da diversidade da nossa música: funaná, mazurka, coladeira, morna…”, considera o cantor, que interpretou duas composições próprias nesta sua segunda participação no encontro. Ele que se mostrou mais uma vez grato pela presença do público.

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Outro artista que elogiou o público foi Arlindo Rodrigues, representante da Brava, que diz ter sentido uma interação muito positiva entre os artistas e a plateia. ”Posso dizer que me senti em casa”, disse o cantor, que também concluiu ontem a sua segunda presença no “Vozes das Ilhas”.

Já Zé Viola, cantor vindo de Santiago, fez a sua estreia e enfatizou a rica experiência obtida no convívio com colegas das outras ilhas. “Foi uma excelente oportunidade e posso dizer que a minha bagagem cultural ficou mais rica”, comentou em conversa com Mindelinsite.

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Kicas Silva – Serenata Produções

O artista enalteceu a característica do evento, que, para ele, é um palco onde a grande diversidade e riqueza da música cabo-verdiana se expressa. “Cada artista foi feliz na escolha das músicas. Acabamos por evidenciar a qualidade da nossa carteira musical ao mesmo ponto em que enaltecemos o trabalho dos compositores”, frisou Zé Viola.

Embora reconheça que seja uma pessoa suspeita para falar do espectáculo realizado ontem, o organizador Kicas Silva concorda que “Vozes das Ilhas” apresentou um panorama musical rico. “Foi um show de alto nível. Abriu da melhor forma o nosso calendário anual de actividades culturais”, estabeleceu o gestor da Serenata Produções.

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O espectáculo arrancou exactamente às 21 horas, como foi anunciado. Este facto agradou os presentes, tendo Olga Delgado lembrado que o cumprimento dos horários dos eventos cuturais continua a ser desrespeitado em S. Vicente. “Mas temos de acabar com esta estória de horário de cabo-verdiano porque as coisas mudaram”, desabafou.

Segundo Kicas Silva, o respeito pelo horário é um dos pontos fortes dos eventos com selo Serenata Produções. Afirma que faz questão de deixar esse compromisso bem claro nos elementos da banda e equipa técnica. Para ele, esse facto é prova do nível de profissionalismo incorporado.

A 12. edição do “Vozes das Ilhas” apresentou um naipe composto pelos artistas Ailine Lopes (Santo Antão), Nilton Gomes, Riza Santos e Vanduca Lima (S. Vicente), Bertânia Almeida (S. Nicolau), Vanice da Luz (Sal), Boni Oliveira (Boa Vista), Arlindo Rodrigues (Brava), Jorge Tavares (Maio), Zé Viola (Santiago), Yacine Rosa (Fogo) e Djulai (Santa Luzia).

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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