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4. edição de Danças Afro-Latinas aprofunda ritmos como Cumbia, Merengue e Salsa e traz Kizomba como novidade

Cerca de 60 pessoas, na sua quase totalidade mulheres, estão por estes dias engajadas na 4. edição de Danças Afro-latinas, sob o comando do instrutor cabo-verdiano Joaquim Moreira, na cidade do Mindelo. Este ano, a expectativa é maior no seio da turma. Isto porque, segundo Deolinda “Du” Camões, responsável do chamado Grupo do Pontão, as aulas decorrem durante mais tempo, de 1 a 9 de outubro, e foi introduzido o ritmo Kizomba como novidade absoluta, a pedido dos participantes.

“Desta vez vim passar mais tempo e vamos poder fazer um trabalho mais profundo. O pessoal pediu para mostrar algumas técnicas do Kizomba, que não é a minha área, porque sou mais dedicado à dança de músicas latinas. Mas não é nada impossível, por isso vamos mostrar alguns movimentos básicos do Kizomba”, diz o professor Joaquim, um engenheiro mecânico formado em Cuba e que reside na cidade da Praia, onde ministra aulas de dança.

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Além do Kizomba, os participantes voltaram a trabalhar os movimentos dos ritmos Mambo, Cha-Cha-Cha, Bachata, Merengue, Salsa e Cumbia aprendidos nas edições anteriores. Terão ainda a oportunidade de aprender alguns passos de dança Afro-cubana.

A maior parte do grupo é composta por pessoas reformadas, mas que, diz Joaquim Moreira, apresentam uma invejável energia. “Quero chegar a esta faixa etária com a disposição desta gente. Algumas destas pessoas têm algumas limitações físicas de movimento, mesmo assim estão activas. Isto é de se louvar”, realça o instrutor, que aprimorou o seu conhecimento em danças-latinas enquanto estudava em Cuba, tendo inclusivamente representado este país em eventos culturais.

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As aulas são fruto de uma iniciativa do Grupo do Pontão, composto por mais de 40 membros, fundamentalmente por mulheres reformadas, que usam a dança e o convívio social como ferramentas para se manterem activas. Segundo Du Camões, 3 vezes por semana realizam actividades físicas no pontão da Enapor, sito na praia da Lajinha, e ainda fazem campanhas de carácter social. “Este grupo existe desde que regressei de Madrid, há uns oito anos. O número de participantes varia, mas temos pessoas de várias idades. A mais sénior tem 90 anos de idade”, revela esta ex-professora de Educação Física, que continua a incentivar a prática do exercício físico, inclusivo através da dança.

Para estimular ainda mais a dinâmica do grupo, surgiu a iniciativa do ensino de danças afro-latinas, cuja primeira edição foi em 2022. Até hoje, acontece todos os anos. Nesta quarta-edição estão inscritas mais de 60 pessoas e as aulas decorrem na sala de treinos da associação de ginástica Mindelgina e no Pontão da Enapor.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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