Estão três vulcões em erupção na Europa neste momento. Enquanto o vulcão de La Palma espalha devastação numa tragédia que obrigou à retirada de mais de seis mil pessoas das suas casas, do outro lado, na Islândia, assiste-se a uma outra erupção. Já na Itália, o Etna voltou a despertar, um mês depois da última erupção.
O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção desde o dia 19 do corrente e já destruiu mais de 160 habitações. Os receios nesta ilha das Canárias aumentam à medida que a lava se aproxima do mar, dado que uma mistura com o sal pode criar uma nuvem tóxica de grandes dimensões. O problema é que cria uma coluna de vapor com ácido clorídrico, cheia de pequenos cristais vulcânicos, que pode irritar a pele, os olhos e as vias respiratórias.
Entretanto, o aparecimento de mais uma boca de saída de lava, a cerca de 900 metros da principal, obrigou a mais evacuações, numa ilha com 85 mil habitantes. Prevê-se que a erupção do Cumbre Vieja ainda possa decorrer mais umas semanas, mas só o tempo dirá qual a extensão dos estragos.
Tudo vai depender de fatores muito difíceis de prever, como se a erupção do Cumbre Vieja tomará características mais explosivas, levando à projeção de piroclastos (fragmentos de rocha sólida) a grandes distâncias, se há risco de deslizamentos de encostas, quão viscosa é a lava – quanto mais for, menos distância percorre – ou se são emitidos gases perigosos.
Na Islândia, o monte Fagradalsfjall, perto de Reiquiavique, expele lava de uma fissura há seis meses, tornando-se a mais longa erupção naquele país desde há meio século. O fenómeno até já virou atração turística. Já em Itália, o Etna voltou a despertar, um mês depois da sua última erupção, estremecendo com sucessivos sismos, lançando fumo, emitindo cinzas e um fluxo de lava. Teme-se que seja prenúncio de mais atividade vulcânica.
Para os sicilianos que vivem em Taormina e arredores do Etna, por mais habituados que estejam às erupções, olhar para o pânico em La Palma certamente não será agradável. A proteção civil espanhola se prepara para reforçar o seu contingente na região quando isso ocorrer, porque “poderá haver explosões e emissão de gases nocivos”, avançou o El País.
C/Noticias Ao Minuto