A Organização das Mulheres de Cabo Verde de Cabo Verde decidiu apoiar a população menos favorecida e infectada com o vírus da Covid-19 com a entrega de um donativo de 400 máscaras, que serão distribuídas pela Delegacia e Centros de Saúde de São Vicente. O crescimento do número de casos positivos e de pessoas em quarentena fez com que esta ONG tomasse essa iniciativa de voltar a confeccionar máscaras comunitárias, desta vez destinada à camada economicamente desfavorecida e atingida diretamente pelo vírus, como forma de ajudar a combater a propagação do vírus.
“Ficamos preocupados no encontro que tivemos na Delegacia de Saúde, em que o delegado de saúde nos expôs os dados epidemiológicos da ilha e percebemos que a situação é alarmante. Houve um apelo da médica Alice Wahnon, que lançou a proposta de se fazer máscaras comunitárias e a OMCV abraçou a ideia”, explica a delegada da OMCV em São Vicente.
Fátima Balbina esclarece que a instituição recebeu diversos apoios para que pudesse iniciar os trabalhos, com o responsável pela Cruz Vermelha de Cabo Verde a prontificar-se a entregar tecido, a médica Adelaide Lima ofereceu elásticos e a OMCV por sua vez lançou um apelo à ONG parceira, Fogo’s Kinders, que disponibilizou um valor monetário. “Com este dinheiro compramos alguns materiais e há outras pessoas também que nos ofereceram tecido e fizemos as 400 máscaras. Elas serão entregues às assistentes sociais dos centros de saúde, que são quem estão no terreno e sabem quem realmente tem necessidade”, garante a delegada.
“A ideia inicial era entregar a um ou dois centros, mas decidimos alargar a ajuda e até o final de semana serão entregues estes meios de proteção aos centros de saúde dentro e fora da cidade”, promete.
Pelo facto de ter iniciado a produção de máscaras quando a situação ainda não era crítica e não havia casos alarmantes, Fátima Balbina acredita no dever da OMCV de continuar os trabalhos de produção desses materiais de proteção individual agora que os casos são maiores.
Há pouco mais de um ano a OMCV deu início à produção de máscaras e diversas ilhas nacionais receberam donativos, provenientes da sede da instituição na Praça Dr. Regala. A ideia da Organização é dar continuidade à confecção, de acordo com a chegada de ajudas e por isso não há uma meta limite traçada.
Mesmo projectanto ajudar quem precisa neste momento, Balbina apela ainda à solidariedade de pessoas com algum poder económico para oferecerem máscaras a quem mais precisa.
Sidneia Newton