O Director Nacional da Saúde desencorajou as pessoas tentadas a falsificar o certificado “nha card”, assegurando que podem ser descobertas devido ao nível de segurança associado à emissão desse documento digital, que comprova a vacinação do portador contra a Covid-19. Jorge Barreto explica que o certificado só é emitido através do website nhacard.gov.cv e que é gerado um código QR, que é único e ligado à pessoa vacinada. Além disso, prossegue, é gerado um documento no website que é enviado a quem fez a solicitação.
“Por mais que as pessoas tentem falsificar o documento, devem saber que depois será solicitada a apresentação de um documento de identificação. Temos um aplicativo que permite ler o QR Code e podemos certificar se estamos ou não perante um documento falso”, salienta Jorge Barreto.
Assim sendo, o DNS aconselha as pessoas a evitarem partir para essa prática, tal como chegou a acontecer com passageiros que tentaram viajar com resultados negativos de testes PCR falsificados. Os prevaricadores foram descobertos e assegura que isso vai acontecer com quem queira criar o seu próprio certificado de vacinação.
No entanto, Barreto admitiu ontem durante a conferência de imprensa que ainda há “pequenos-grandes” constrangimentos identificados na prestação desse serviço público e que, diz, estão a ser resolvidos. Isto porque ainda há pessoas que solicitam o seu certificado e não conseguem obter o comprovativo. Por exemplo, utentes com as duas doses de vacina, mas que aparece na plataforma digital com apenas uma dose ou então que o seu certificado está caducado.
Confrontado com esses casos, o DNS frisa que a demanda é muita e ainda não puderam entender porque aparece uma dose da vacina quando o utente já tomou as duas. “Pode ser falha na disponibilização dos dados, pelo que a pessoa deve reclamar. Se o problema persistir, pode mesmo contactar um centro de saúde ou a delegacia de saúde do concelho”, aconselha.
Uma das metas de Cabo Verde é conseguir o reconhecimento do certificado nhacard a nível internacional. Segundo Barreto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi envolvido nesse processo por implicar acordos bilaterais entre países. Ambos os lados, frisa, têm de estar cientes do nível tecnológico de segurança para garantir a autenticidade dos respectivos certificados.