Os bombeiros municipais da Praia seguiram apenas as recomendações das autoridades sanitárias sobre os procedimentos para o enterro de vítimas de Covid-19 ou dos casos de suspeita. Em reacção à notícia do funeral da paciente Idalina Relva, o Comandante Celestino Afonso alega que ainda não está na posse de todas as informações sobre o sucedido, mas enfatiza que o quartel presta serviço às autoridades sanitárias no quadro da pandemia e, nesse sentido tem de respeitar um protocolo tanto para óbitos por Covid-19 como nos casos suspeitos.
Confrontado com a decisão dos familiares de Idalina Relva de exigir um pedido de desculpas por parte dos bombeiros, Celestino Afonso evitou fazer comentários porque, frisa, precisa apurar melhor o que se passou. Do mesmo modo não sabe confirmar ou desmentir se a ambulância passou por um sentido proibido a caminho do cemitério.
O facto, diz, é que os mortos de Covid-19 e casos suspeitos são enterrados o quanto antes. E a indicação é impedir o máximo possível as aglomerações dentro do cemitério.
Segundo o Comandante, ficou agendado um encontro esta tarde com os filhos de Idalina Relva, que pode ajudar a resolver o problema. Certo é que Gilson Maocha continua determinado em exigir dos bombeiros um pedido de desculpa e a deposição de uma flor na campa da sua mãe. Para ele, a sua progenitora foi tratada com desumanidade e isso não pode ficar impune.