A Liga dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente reiterou ontem a necessidade de se adoptar um novo modelo de financiamento da festa do Rei Momo em Mindelo que passasse, para além da busca de patrocínios, para a construção de um sambódromo onde toda a gente pudesse pagar, bem como em conjugação com o dinheiro público. Para Marco Bento, trata-se de uma questão de urgência a procura deste novo modelo, considerando, por outro lado, ser difícil “desta forma” manter o nível do Carnaval.
Em conversa com o Mindelinsite, Bento anunciou que a ordem de saída dos grupos oficiais do Carnaval Mindelo 2024 será conhecida esta sexta-feira, 19, numa “festa pública” organizada pela LIGOC-SV na praça Don Luiz, no centro da Cidade do Mindelo. Assegura que a Liga tem vindo a trabalhar na preparação do Carnaval e adiantou que a Câmara Municipal de São Vicente já disponibilizou dois mil contos a cada um dos cinco grupos oficiais: Estrela do Mar, Flores do Mindelo, Cruzeiros do Norte, Monte Sossego e ainda Samba Tropical, grémio este que sai na segunda-feira à noite e não faz parte do concurso.
Da parte do Governo, através do Ministério da Cultura, os grémios já têm garantido o montante de mil contos cada, pelo que podem contar de imediato com um total de três mil contos para os preparativos do desfile oficial.
Marco Bento assegurou, por outro lado, que o horário da saída do primeiro grupo passou para as 19 horas para que todos venham a beneficiar das mesmas condições da luz artificial. Este responsável assegurou que o show vai voltar a acontecer à noite e que o sambódromo do Mindelo será de novo bem iluminado com lâmpadas leds ao longo de todo o percurso.
Este ano, os montantes dos prémios vão se manter em 600, 500, 400 e 300 contos para os quatros grupos que desfilam na terça-feira. Entretanto, serão aumentados consideravelmente os valores dos prémios individuais, atendendo a uma reivindicação antiga da população, e introduzidas novas categorias. Nesta senda, Marco Bento anunciou a atribuição do prémio de 120 contos para o Melhor Cavalheiro (uma inovação), o prémio monetário de 200 para o Melhor Carnavalesco e um cheque de 250 mil escudos para a Melhor Bateria (batucada).
O Rei e a Rainha saem dos 125 contos e passam a ser premiados com 200 contos, o Mestre-sala e a Porta-bandeira passam a receber 150 contos – além de incentivos como viagens ao estrangeiro através de parcerias – e a Rainha da Bateria salta dos 30 contos para os 130 mil escudos, sem contar com outros incentivos.
A expectativa do Presidente da LIGOC é que estas medidas venham a suscitar mais empenho das figuras de destaque, baterias e dos carnavalescos.
JAR