A UCID aumentou o número de deputados em Cabo Verde com a eleição de quatro representantes parlamentares nacionais, todos no círculo de S. Vicente: António Monteiro, Zilda Oliveira, Amadeu Oliveira e Dora Oriana Pires. Os democratas-cristãos igualam em mandatos ao MpD, enquanto o PAICV consegue eleger apenas dois candidatos: Josina Freitas e João do Carmo. Um score que fica muito longe da meta traçada pela cabeça-de-lista do partido tambarina na ilha de S. Vicente, que apontou para 5 eleitos, isto é, a vitória da sua equipa política.
Em declarações à Radio Morabeza, Dora Oriana Pires mostrou-se insatisfeita com o resultado obtido pela UCID na chamada terra do Monte-Cara. Pela sua voz, assegurou que o partido tencionava ganhar o embate eleitoral com 5 eleitos e deixou claro que houve boca de urna e compra de votos por elementos afectos a um determinado partido, sem especificar o nome. “Enquanto houver compra de votos e boca de urna o povo ficara sempre pressionado no seu direito de voto”, refere.
Aliás, o próprio líder Antonio Monteiro admitiu que esse crescimento, apesar de representar uma “vitoria”, tem gosto amargo. Isto na medida em que o partido ficou aquém dos objectivos traçados. “O povo não entendeu aquilo que pretendíamos, que era equilibrar a balança no Parlamento, ganhar capacidade para influenciar a governação. O aumento de deputados foi muito pouco, mas temos de acatar o veredicto popular”, realça Monteiro, que viu a sua intervenção cortada pela TCV, que estava em directo, devido a declaração de Ulisses Correia e Silva na cidade da Praia, enquanto líder do partido vencedor das eleições. Um argumento que o presidente da UCID não aceitou.
