Os trabalhadores do recém-criado Instituto do Mar, ex-Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas, estão agastados com a sua situação laboral e exigem esclarecimentos sobre o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), que dizem estar no segrego dos deuses. Estes afirmam ainda que já enviaram ao Conselho Directivo várias notas, sem resposta.
Ao que o Mindelinsite conseguiu apurar, estes colaboradores estão com medo de dar a cara para evitar represálias. Mas, segundo informações apuradas, exigem, para além do PCCS que esperam entra em vigor com efeitos retroactivos a partir da tomada de posse da direcção do IMAR em Agosto de 2020, o pagamento das diuturnidades, conforme sentença proferida pelo Supremo Tribunal da Justiça. “Reunimos de emergência com o presidente do IMAR, Malik Lopes, para cobrar informações sobre o PCCS, mas este limitou-se a deitar água na fervura”, detalha um trabalhador.
A reunião, dizem, teve um clima tenso, com uma colaboradora a confrontar o presidente, dizendo que a direcção do Instituto do Mar recebe salários de 240 mil escudos, enquanto os trabalhadores licenciados auferem rendimentos compatíveis com o de um técnico profissional ou adjunto.
“Logo depois da reunião, o presidente do IMAR viajou para Praia para reunir com o pessoal da delegação e tentar acalmar os ânimos. Já em S.Vicente, ameaçou-nos dizendo que não trabalha sob pressão e tentou dividir os trabalhadores”, denunciam.
O Mindelinsite tentou ouvir o presidente do IMAR, mas este não atendeu o telemóvel, pelo que prometemos retomar o assunto logo que possível.