TACV sem certificado e proibida de voar para Europa: 110 passageiros ficaram em terra em SV
A companhia de bandeira não teve o seu certificado renovado e, como consequência, a European Aviation Safety Agency proibiu os voos da TACV em solo europeu, até regularizar o documento, que está caducado. A informação foi avançada pelo online Santiago Magazine, que realça que, por causa disso, pelo menos 110 passageiros ficaram hoje em terra em S.Vicente. A empresa nega esta informação e alega “motivos operacionais” para o cancelamento de voos esta quinta e sexta-feira.
O Mindelinsite tentou ouvir a presidente do Conselho de Administração, Sara Pires, que não atendeu e nem retornou a nossa ligação para o seu telemóvel. Entretanto, de acordo com este jornal, o voo Mindelo-Lisboa estava previsto para as 8 horas desta quinta-feira mas, por decisão da EASA, a viagem teve que ser cancelada. Em causa o certificado de voo, que credencia a companhia a pousar na Europa, caducado. Por conta disso, 110 passageiros ficaram retidos em São Vicente à espera de resposta.
Mas a companhia aérea de bandeira já veio desmentir esta informação, que já circula nas redes sociais e em alguns jornais no país e na diáspora. Em comunicado, a TACV informa que os voos de quinta e sexta-feira de e para Portugal foram cancelados “por motivos operacionais”. Esta garante, no entanto, que estes dois voos serão repostos no próximo sábado, 9 de julho.
A empresa pede por isso aos passageiros que embarcam a partir do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa para ficarem em casa e solicitar informações através do serviço de apoio ao cliente, evitando o caos que se vive naquela infraestrutura provocado por muitos cancelamentos de voos por estes dias.
De recordar que, por estes dias, a TACV anunciou o corte de mais 50 postos de trabalho – a empresa vai ficar com 150 funcionários – e a redução dos salários dos pilotos e comandantes, que alegam foram inflacionados pela anterior administração, a Iceland Air. Mesmo assim, a companhia continua a operar no vermelho, estando há dois meses sem pagar os salários dos seus colaboradores.
Por estar em falta e devido a estas medidas impopulares, no caso demissão e corte nos salários, o clima entre os trabalhadores é de intensa ansiedade e indefinição para muitos. No caso dos pilotos, muitos já cogitam aventurar-se noutras paragens, com salário bem mais gordo.
C/Santiago Magazine