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“Ocean Race Village” proíbe copos de plástico e separa lixo para reciclagem

Está proibido o uso de plástico na Ocean Race Village, espaço que a partir de desta sexta-feira, 20 de janeiro, até o dia 25 vai acolher todas as actividades culturais e recreativas desta regata em São Vicente. Igualmente, todo o lixo produzido por estes dias vai ser separado e, posteriormente reciclado. 

Esta iniciativa enquadra-se no programa sustentabilidade e na necessidade de promover medidas de proteção dos oceanos, considerado um dos grandes pilares desta regata internacional. O programa está a cargo da Simili, enquanto plataforma e rede de mudança que quer aproximar os artistas do consumidor através do slogan “repensar, reduzir, reutilizar e reciclar”, ou seja, transformar lixo em arte. 

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Débora Roberto, uma das criadores deste projecto, explica que a responsabilidade do Simili na The Ocean Race é conscientizar sobre as possibilidades de reciclagem e transformação do lixo em produtos que estarão a ser comercializados. “Vamos tentar, ao máximo, não termos aqui o uso de plástico descartável. Aproveitamos para fazer um apelo para as pessoas que vão estar presentes no evento para não trazerem plásticos descartáveis e também aos nossos parceiros para engajarem nestas regras”.

Igualmente, a Simili está em contacto com os artesãos, restauração, visitantes e  todos os que de uma forma ou de outra vão participar deste certame para terem esta responsabilidade de não levar ou usar plástico no ocean Race Village. Para isso, afirma, vão ter à venda, ou melhor sob caução de 300 escudos, copos em vez de garrafas de água, para uso durante todo o evento, que no final podem ser devolvidos em troca do valor da compra dos produtos ou usados como souvenir. 

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Vão ser realizados três workshops, sendo um ligado a transformação do vidro e outro de redes, e um terceiro sobre a reciclagem de papel. “Paralelamente, vamos ter a separação do lixo. Teremos cores a marcar a separação: verde para o vidro, azul para o papel, amarelo para metal, cinzento para diversos e castanho para orgânicos, que terão uma finalização. Ou seja, vão ser transformados”, acrescenta.

Oo lixo orgânico será transformado em compostagem e posteriormente em biogás, que vai fornecido a uma escola da comunidade na zona da Ribeira da Vinha, enquanto que os descartáveis convencionais – caso dos talheres – serão biodegradáveis por forma a minimizar a pegada ambiental. Nos workshops de reciclagem, o vidro triturado e transformado em areia, os pneus e tambores em contentores de lixo, as redes de pesca em tecidos para confecção de bolsas, porta-cartões, necessites, de entre outros. 

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A Simili vai também acompanhar o catering para evitar o desperdício e assegurar o uso de produtos nacionais.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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