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 Primeiros Polícias Municipais recebem certificado de conclusão do curso 

Vinte e cinco agentes da Polícia Municipal, 16 de São Vicente, receberam na tarde de hoje os certificados da conclusão do curso, numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna e testemunhada pelo presidente da Câmara Municipal, Augusto Neves, por autarcas do Porto Novo e do Sal, e diversas entidades. Esta formação, a primeira do género realizada no país, resulta de uma parceria com a Universidade Lusófona de Cabo Verde que o governante considerou ter sido a todos os níveis exemplar. 

O ministro Paulo Rocha não tem duvidas de que estes formandos estão preparados para o complexo trabalho de Polícia Municipal porque souberam abraçar a visão da criação desta novel instituição e o modelo de formação que se pretende implementar por todo o país, principalmente nas cidades aonde é uma grande necessidade. “Souberam superar esta importante etapa do processo de formação enquanto polícias municipais, seguindo agora para a fase probatória, com a duração de 3 anos, (inclui o tempo de formação), mediante acompanhamento e avaliação. Demonstraram vontade crescente de dar corpo a este ambicioso projeto da operacionalização da PM, que visa a mudança do paradigma de policiamento comunitário municipal em Cabo Verde”, declarou.

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Entende o ministro de Administração Interna que o caminho será longo, mas perspetivam-se resultados de excelência, se este projeto, montado com o rigor no domínio da Planeamento e da Organização, tiver o mesmo rigor, nos domínios da Direção e, sobretudo, do Controlo, frisou, deixando uma palavra de encorajamento porquanto, afirmou, as  tarefas são difíceis e expetativas que rodeiam a intervenção desta policia são grandes. Encorajou-os ainda a serem uma referência dentro e fora da instituição. 

Primeiros efectivos da Polícia Municipal

Em nome dos formandos, Steven Lopes agradeceu a todos que contribuíram para que o curso da PM fosse um sucesso, designadamente os palestrantes e efectivos da Polícia Nacional que, afirmou, foram não só transmissões de conhecimentos, mentores e guias no caminho que percorrido. Agradeceu, igualmente, os familiares e amigos, a Universidade Lusófona e o Governo, que apostou na realização do curso. “Que sirva de incentivo para as restantes ilhas, pois a criação desta policia visa promover a cidadania e a segurança comunitária”, pontuou, ressaltando o apoio das Câmaras do Sal e de S.Vicente. 

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Enquanto entidade a sediar a formação, o reitor Carlos Delgado lembrou que a 19 de abril último experimentou-se a abertura formal deste que é o primeiro curso da Polícia Municipal, no âmbito de um protocolo assinado com a Direção da Polícia Nacional. E, no dia 24, arrancaram as aulas, representando um teste para a instituição que dirige, mas também para as duas câmaras municipais e para o Governo, que também estava ansioso de testar a legislação. E hoje estão todos satisfeitos e de parabéns porque concluiu-se um curso muito especifico, para paramilitares, daí a sua especificidade e exigência. 

Este curso colocou sobre os ombros da ULCV uma grande responsabilidade e alguma ansiedade. Todos os fazíamos as contas para ver quanto tempo faltava para o seu término e, na reta final, percebemos que íamos mesmo concluir o curso com sucesso”, enfatizou, destacando o envolvimento de muitos colaboradores e o cumprimento na integre do plano curricular. “Em cada formação fomos testando o estado da implementação do plano. Não é todos os dias em que se vê um professor a fazer foto de família quando termina o seu modelo de formação. Conseguimos e fica para a história”.

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Autoridades e instituições municipais

Para o presidente da CMSV, ter agentes da Polícia Municipal formados é o culminar de uma luta antiga da Câmara de São Vicente que ganhou um forte impulso com o envolvimento da CM do Sal. Entende Augusto Neves que serviços municipais como o desta polícia preconizam a proteção das comunidades e dão resposta às decisões das autarquias que, por motivos diversos, não conseguem ver satisfeitas as necessidades de segurança local. “É neste espirito da Polícia Municipal, dar uma resposta mais eficaz aos interesses locais e libertar as forças de segurança de determinadas tarefas administrativas para a sua missão originaria: o garante da segurança interna. Tenho a certeza de que com a PM, em parceria com as demais forças de segurança, podemos manter a cidade mais segura”.

Segundo o autarca, esta polícia tem de ter uma capacidade de adaptação, que são as aspirações e as necessidades das pessoas. “Esperamos que a nossa PM, para além das funções que a ela compete, tenha vigilância, observação e sensibilidade de forma a que os cidadãos se sintam que não apenas controla e fiscaliza, mas também auxilia no que for preciso. Devem atuar e agir quando for preciso, mas também devem ser amigos dos cidadãos, estar disponível para ajudar, informar e acompanhar”, frisou, depositando total confiança na PM para que possam contribuir para que SV seja mais seguro e desafiando-os a trabalharem em articulação com a Polícia Nacional e os Bombeiros Municipais.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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