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Plataforma Sindical responde aos sócios que insurgiram em abaixo-assinado: “Estamos à-vontade”

A Plataforma Sindical, constituída por 12 sindicatos filiados à União Nacional dos Trabalhadores-Central Sindical, respondeu, em conferência de imprensa, aos três sócios que, na passada quinta-feira, para pedir aos sindicatos de S. Vicente para demarcarem da posição de aderir a esta iniciativa, que classificam de “arbitraria e unilateral”. Segundo o porta-voz, Luís Fortes, os membros da Plataforma Sindical estão à-vontade e pretende utilizar todos os meios estatutários e legais para travar as ilegalidades e arbitrariedades da Secretaria-Geral e repor a normalidade no funcionamento da UNTC-CS. 

Segundo este sindicalista, esta foi a última conferência de imprensa para falar sobre este assunto e, neste caso em concreto, responder a estes três sócios, cujo único objectivo foi lançar mais confusão num processo complexo. “A partir de agora vamos focar no trabalho e no interesse dos trabalhos. Vamos fazer funcional a Plataforma Sindical até a realização do Conselho Nacional e do Congresso”, afirmou, realçando ainda que, para criar a Plataforma, os sindicatos não precisavam ouvir os sócios, que delegam aos dirigentes poderes para tomarem decisões. 

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“Podem e tem legitimidade para fazer é criar ou aderir a uma outra corrente. Mas agora teríamos é de comparar o número de pessoas que pertencem a cada uma das correntes, lembrando que só os três de SV possuem mais de 5 mil associados, enquanto que eles reuniram assinaturas de apenas 50 sócios. E não sabemos quais foram os esclarecimentos que deram a estas pessoas para rubricaram o documento”, frisa Fortes, destacando que a apresentação pública dos três sócios, que representam apenas dois sindicatos e não três como afirmaram (Sintap e Simetec), foi “muito insignificante”.

Fortes chama atenção para a necessidade de desmistificar a ideia que estes sócios querem passar da Plataforma, junto dos trabalhadores e da opinião publica, de que se trata de uma estrutura diferente, criada fora da UNTC-CS. “É completamente falso. A Plataforma Sindical é uma corrente politico-sindical interna da UNTC-CS e não uma nova estrutura, estranha a esta Central Sindical. O direito de tendência e a existência de mais de uma sensibilidade, no seio da Central não é nova”, diz, lembrando que, por ocasião do VI Congresso, em 2010, já havia duas sensibilidades, tendo cada uma delas apresentado um candidato próprio ao cargo de SG da UNTC-CS. 

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Afirma, por outro lado, que a SG, que diz não reconhecer a Plataforma Sindical, foi apresentada e eleita no VII Congresso da UNTC-CS, em 2016, com o apoio de uma das duas sensibilidades pelo que, no mínimo, é estranha e incompreensível a sua posição em relação a Plataforma. “Os sindicatos de S. Vicente apoiaram a SG por ocasião da sua eleição, em finais de 2016. Mas, ao invés da humildade e do trabalho em equipa, união e solidariedade entre os sindicatos e dirigentes sindicais, escrupuloso respeito pelos Estatutos, o que se verificou, após a sua eleição, foi falta de humildade, a divisão e a violação permanente e reiterada dos Estatutos da UNTC-CS.”

Foi tudo isso, de acordo com Fortes, que motivou esta Plataforma Sindical, que propõe pressionar a SG a reunir o Conselho Nacional para prestar contas aos associados. Queixam ainda de os sindicatos e dirigentes sindicais de S. Vicente terem sido marginalizados e afastados das actividades da UNTC-CS pelo facto de terem contestado a sua liderança, acusam Joaquina Almeida de criar e promover sindicatos com o objectivo de dividir e enfraquecer os sindicatos existentes, em flagrante violação dos Estatutos da Central. E ainda de ter duplicado de forma arbitraria e abusiva o valor das quotas de filiação do Sintap, do SICs e do Simetec, em plena pandemia.

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Mais grave, dizem, é que a SG entrou com um processo no tribunal contra a União dos Sindicatos de SV e seus sindicatos, ou seja, contra estes Sintap, Simetec e Sics, pedindo a sua expulsão da sede na Rua Angola, uma decisão que consideram de arbitraria e abusiva e que extravasa a sua competência. Enquanto isso, a SG anda a viajar com uma pessoa estranha ao Central. Aliás, sequer o seu sindicato está filiado à UNTC-CS, concluiu.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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