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Passageira perde viagem de barco SV-ST e responsabiliza CVI pelo prejuízo

Uma passageira que perdeu uma viagem de barco de S. Vicente com destino à ilha de Santiago contactou o Mindelinsite para responsabilizar publicamente a companhia CV Interilhas por esse desfecho. Segundo Débora Santos, 29 anos, foi informada para estar no cais de cabotagem do Porto Grande na segunda-feira, dia 4, às 7.30 da manhã, chegou dez minutos antes e, para seu espanto, o catamarã San Gwann já estava a zarpar. Ela e a filha ficaram literalmente a ver o navio passar, sem poder seguir viagem.

“Comprei o bilhete na segunda-feira, dia 4, para a viagem S. Vicente – Sal – Boa Vista – Santiago agendada para quarta, dia 6. Fui para o cais às 8.30 e por volta das 11 horas disseram que a viagem foi cancelada devido ao mau tempo. Entretanto fiquei a saber que o cancelamento foi por causa de uma avaria. Senti-me enganada”, começa por contar a moça, que voltou a contactar a agência já que precisava saber ao certo o dia da próxima ligação. “Disse-lhes que precisa muito viajar porque a minha filha foi transferida para a cidade da Praia e ia começar as aulas. Perguntaram-me se queira o dinheiro de volta ou manter a passagem para uma viagem marcada para Domingo, dia 10. Respondi que queria manter a passagem.”

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No Domingo, continua a sua explanação, pouco depois das sete horas da manhã foi informada por telefone que deveria estar no cais imediatamente porque o barco iria sair às oito horas. Correu para o cais, mas, chegado lá, ficou a saber que a viagem tinha sido de novo cancelada e que a mesma seria realizada agora na segunda de manhã às sete e meia. “Perguntei a uma funcionária se o horário da saída estava confirmado para as 7.30, mas ela disse-me que era só uma previsão. Que o barco podia sair às 9, 10 ou 11 horas. Dito isto ela disse-me que eu podia ir por volta das 7 e meia”, revela Débora, que foi para a Gare Marítima do Porto Grande às 7 e vinte. Ao chegar, prossegue, o barco já estava a levantar ferro. Ficou a saber por uma funcionária da CVI que o barco iniciou o procedimento de saída por volta das sete e um quarto.  

Essa situação deixou Débora Santos revoltada. E mais indignada ficou ao saber que foi realizada uma viagem na sexta-feira da semana passada, foram chamados alguns passageiros, mas que ficou de fora. “Cancelaram a viagem por duas vezes e fui obrigada a acatar. Entretanto chego alegadamente atrasada, induzida a erro por uma funcionária da CVI, mas o barco não pode esperar cinco minutos. Isto é falta de respeito para com as pessoas”, desabafa a utente, para quem a companhia está mal-organizada, a prestar um serviço público de má qualidade.  

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Sem hipótese de viajar de barco, Débora Santos recebeu de volta o dinheiro da passagem e agora pretende seguir de avião para a cidade da Praia, onde passará a residir. Só que, como diz, terá que juntar tostões, porque está desemprega e grávida, “e os preços da Binter custam os olhos da cara”.

Este jornal tentou falar com o assessor de imagem da CVI, mas sem sucesso. Deste modo abordou a agência da companhia directamente em S. Vicente, que nos encaminhou para a responsável pelas reclamações na sede da Cabo Verde Interilhas, na cidade da Praia. Esta, ao ser abordada por este jornal, alegou que não podia falar do assunto sem conhecer os pormenores da reclamação, que deve ser remetida à empresa pela própria utente. Deste modo, este online decidiu avançar com a notícia e manter as portas abertas para ouvir a versão da CVI se achar conveniente.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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5 Comentários

  1. Esta é mais uma asneira da compainha que faz o que quer nada ver com os passageiros pq ele o armador é protegido pelo o guverno

  2. Acho por bem contactar ao gabinete do ministros dos transporte ou Vice-primeiro Olavo Correia ,pois eles dizem que CVI resolve o problema dos transportes e alem demais pagaram a compra desse navio. Uma pena quando tmb o mm povo maltrata ao povo ,com uma solidariedade fraca como demostra esta pagina com 1120 visualizações e so’ um comentário.

  3. Copyright o povo esta cheio de medo de falar.Ja constatei nos meus postes.Sempre presenciei de perto esta bagunça,asneira do governo e da CVI.
    As coisas tão indo de mal a pior e sem que ninguem da a mão a palmatoria,assumindo de uma vez por todas o erro faltal que cometeram neste negocio.
    Esta foi mais uma PASSAGEIRA LESADA e mais uma vez ninguem da companhia,nem do ministerio que tutela a pasta de transportes aparece ao publico para dar exclarecimentos.
    Sempre NINGUEM DISPONIVEL
    ABSURDO

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