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PAICV “desafia” A. Neves a levar à AMSV proposta de desprofissionalização dos vereadores da oposição e preparar-se para as consequência políticas

A região política do PAICV em S. Vicente considera que chegou o momento de a Assembleia Municipal pronunciar-se sobre os “desmandos” de Augusto Neves e exortou, por isso mesmo, o autarca a apresentar o quanto antes as propostas de redistribuição dos pelouros e de desprofissionalização dos vereadores da “oposição”. Arlinda Medina lembra que a última palavra irá caber aos eleitos municipais e diz esperar que Neves tenha coragem para assumir as consequência políticas resultantes da votação na Assembleia Municipal.

Para a primeira vice-presidente do PAICV em S. Vicente, é inaceitável a forma como Augusto Neves vem governando a CMSV, “sem planos, ideias, ambição e com uma equipa muito reduzida, constituída por ele e os dois vereadores do MpD transitados do mandato anterior”, a saber Rodrigo Martins e José Carlos. “Os outros vereadores são ignorados pelo Presidente, não contam para nada”, conclui.

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Inconformada com a situação reinante no município de S. Vicente, onde o clima político torna-se a cada dia mais explosivo, a região política do PAICV decidiu manifestar o seu total apoio aos vereadores eleitos pela lista do partido e reiterar a sua absoluta confiança politica nos mesmos. “… por serem pessoas competentes, sérias e sobretudo comprometidas com o desenvolvimento de S. Vicente.”

Segundo a porta-voz, o órgão executivo do município não anda a funcionar, desrespeita as deliberações saídas das reuniões e não faz propostas de ação como lhe compete. Em termos ilustrativos, Arlinda Medina adianta que desde a tomada de posse no dia 18 de novembro passado, a vereação deveria ter feito 13 sessões, isso a partir de janeiro de 2021. No entanto, realizou apenas seis reuniões, sendo uma por omissão do presidente, convocada, entretanto, por um dos vereadores do PAICV. Medina acrescenta que foram solicitadas seis sessões extraordinárias pelos vereadores do PAICV e da UCID nos termos dos Estatutos dos municípios, mas nenhuma delas aconteceu devido a ausência do edil.

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Quem é preguiçoso e não quer trabalhar?!”, retalha Arlinda Medina. Segundo esta dirigente local do PAICV, a gota de água foi uma convocatória enviada no dia 7 de julho à tarde por Neves para uma sessão extraordinária agendada para o dia seguinte de manhã. “Não obstante a desconsideração, os vereadores que não querem trabalhar, como o presidente diz, compareceram à hora marcada e prontos para o trabalho. Contudo, minutos antes da reunião foram informados pelo vereador Rodrigo Martins que o presidente viajou para o exterior em serviço e que ele iria presidir a reunião na qualidade de substituto”, revela. 

Arlinda Medina considera estranha como Augusto Neves convoca uma reunião para quinta-feira de manhã quando sabia que tinha viagem marcada para esse dia logo de manhã. E o pior, diz, o autarca saiu de Cabo Verde supostamente em missão de serviço e sequer comunicou essa viagem à Assembleia Municipal como era sua obrigação legal.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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