Ouril Hotel Mindelo nega que ministro Olavo Correia seja sócio do empreendimento e mostra certidão comercial
A gerência do Ouril Hotel Mindelo negou ontem que o ministro Olavo Correia seja sócio do empreendimento turístico construído na Avenida Marginal da cidade do Mindelo e que o prédio da Polícia Judiciária, situado mesmo ao lado, tenha sido vendido à empresa. Segundo o proprietário Manuel Mendes, recebeu um vídeo onde “um tal de Alex Évora”, residente nos Estados Unidos, faz afirmações falsas, tendo-se sentido na obrigação de emitir uma nota de esclarecimento.
“Não quero alongar-me muito porque seria dar muita importância a este senhor, que nem sei que é e nem me conhece”, diz o empresário em comunicado remetido aos órgãos de comunicação social. O mesmo foi acompanhado da certidão comercial da firma Ouril Hotel Mindelo, que aparece como estabelecimento hoteleiro com capital social de 5 mil contos, realizado em dinheiro pelos seguintes sócios: Firma Mendes&Mendes, Rent-a-Car, Sociedade Unipessoal (4.500 contos) e Manuel Lima Mendes com 500 contos.
“Somos uma família cabo-verdiana que sempre fez e continuará a fazer para um Cabo Verde melhor, investindo e criando postos de trabalho”, sublinha Manuel Mendes, acrescentando que o grupo empresarial que dirige está presente em Santiago, Sal, Boa Vista e São Vicente. Garante que vai continuar a fazer os seus investimentos e que não será um indivíduo como Alex Évora que vai obrigar a sua empresa a desviar-se do seu foco.
Alex Évora, relembre-se, foi processado criminalmente por Ulisses Correia e Silva por ter afirmado num vídeo posto a circular nas redes sociais que o actual Primeiro-ministro é sócio maioritário da CV Interilhas. Na sequência, Ulisses Correia e Silva decidiu apresentar uma participação criminal junto do Procurador-Geral da República contra Alex Évora, residente nos Estados Unidos da América. O PM diz ter tomado essa medida porque Évora afirma que ele é sócio maioritário da CVI e atribui a esse suposto facto a actuação do Governo no sector dos transportes. Que são concedidos subsídios e outros apoios à concessionária que beneficiariam o próprio Ulisses Correia e Silva nessa alegada condição.
